Temeris é o mais novo projeto que eu, juntamente com o Kikim da Padaria (meu primo), estou trabalhando. Nós queremos fazer um RPG digno de possuir este título, com muitas quests e uma história cativante. Se trata de um servidor de Tibia com drásticas modificações.
Não queremos revelar muito da lore do jogo aqui no tópico, para manter um "mistério" no jogador. Aqui temos uma introdução à história primária, ou seja, ainda temos muitas histórias guardadas que iremos fazer somente dentro do jogo. E explicaremos mais sobre os Emissários Sagrados e Ern-faélad ingame, também, além das histórias das raças e mundo.
- Spoiler:
- I
Estes eram sábios e ensinavam às raças inferiores de Temeris a controlar a energia sagrada, nomeada mana, que desde o surgimento do mundo existia em todos os lugares. Sob ensinamentos de muitos anos, os humanos foram os primeiros seres a dominá-la e em pouco tempo tornaram-se tão poderosos que os Cenn-fáelad, tarde demais, notaram o incorrigível erro que cometeram. Os Divinos com o tempo cessaram os ensinamentos e decidiram guardar todo o resto para si, pois sabiam que cedo ou tarde os seres racionais que ocupavam o mundo utilizariam a energia sagrada não mais para o bem.
Quando os Cenn-fáelad abandonaram a forma física e retomaram o domínio em suas desconhecidas terras, a paz teve um fim sangrento, mesmo com a permanência de alguns Emissários Sagrados. Batalhas entre todas as raças se deram início, as quais muitas vezes eram originadas por terras ou por reis que se apaixonavam por donzelas de distintos povos.
Com o passar dos anos e após o fim dos incessantes combates mortais, reinos foram fundados e alianças forjadas, embora nem todas fossem duradouras como era de supor-se.
II
Durante todo este tempo, os Cenn-fáelad jamais se recusaram a receber a fé que muitos lhes depositavam em tempos sombrios ou, como acreditavam os mais radicais, por pura obrigação. Os Emissários Sagrados, que eram os representantes dos divinos em Temeris, eram os instrumentos dos Cenn-fáelad para manter a fé até mesmo em épocas de guerra. Foi graças a eles que o caminho da fé prevaleceu e, após muito tempo, quando mais fieis surgiram e começaram a crer nos Cenn-faelad, fora descoberta a magia guardada no corpo de todos, a magia que vinha da própria alma na forma de labaredas de fogo ou de uma luz que, ao toque da pele, cicatrizava os ferimentos. Era isto o que os justos recebiam em troca da fé.
III
Um dia, numa vilazinha indigente do continente de Mael’ludir, uma mulher engravidou-se. Mas seu filho não era de nenhum homem; ele havia aparecido como uma chuva em dia ensolarado.
No primeiro dia, sua barriga estava inchada e o padre soube dizer-lhe que se tratava de uma criança. No segundo, a barriga estava maior e ela recebeu recomendações de alimentar-se corretamente. No terceiro dia, o primeiro chute surgiu e o padre contou-lhe que aquela era uma criança sagrada.
No quarto dia, sua barriga estava maior e completamente anormal para o curtíssimo tempo que revelou estar grávida. No quinto e sexto dia, mais chutes; e ela soube que a criança não demoraria a nascer.
Quando o sétimo dia chegou, ela não foi à igreja. O padre percebeu o sumiço iminente e foi visitá-la em casa, no entanto a porta estava trancada e ele soube que algo estava errado. Chamou o lenhador para arrombar a porta e, quando se depararam com a cena a seguir, o padre não segurou o vômito e o homem de machado agarrou seu amuleto dos Cenn-fáelad.
A barriga da jovem fora estripada e, no canto do quarto, uma figura vermelha alimentava-se dos restos que outrora pertenceram à mulher. O demônio só emitiu uma única frase:
- Ern... Ern-fáelad.
IV
Quando esta notícia espalhou-se por Temeris, o lorde de Colman, Moenaig, alertou todos os reis e lordes de que devessem realizar um tratado e se focarem nisto mais do que nas batalhas bestas que ocorriam. No entanto, muitos se recusaram a ajudar e os que ajudaram foram convocados à Colman para debater sobre o que fazer na pior das hipóteses. Foi, então, decretado o Tratado de Genus, que tinha com princípio deter a força dos Ern-fáelad.
Alguns dias após a reunião, Moenaig e todo o resto dos lordes que se uniram à causa, fundaram um centro de treinamento numa ilha ao norte, chamada Calidor. Lá seriam enviados os novos recrutas da Legião de Genus.E fora isto o que enfureceu mais ainda os Ern-fáelad.
Em nosso servidor nós dispensamos a existência de vocações específicas. Aqui, você pode ser uma das seguintes raças e utilizar qualquer arma, desde que esteja ciente que suas escolhas farão diferença. Por exemplo: no início, haverá a possibilidade de escolher qual será sua proficiência e, se você escolher uma mão, ganhará 10 pontos de habilidade na mesma.
Agora, irei dar uma breve explicação sobre cada raça.
Chakoya
A linguagem própria que utilizam para comunicar entre si os distanciou do restante do mundo, o que os permitiu um conhecimento mais apurado no quesito de magia, já que naquelas terras foram guardados os livros escritos pelos primeiros Emissários Sagrados.
Os magos Chakoyas atualmente são os mais sábios, embora não se possa dizer que são os mais poderosos. São extremamente fiéis ao Cenn-fáelad Visthurin, o Vento do Oeste. Noutras regiões, Visthurin é tido como um Ern-fáelad que assombra os navios que ousam viajar durante a noite nos arredores de Grom'duth.
Reptiliano
Com o passar do tempo, as embarcações de reptilianos que iam e voltavam de Huali à Eloria passaram a transportar bandidos e piratas, tornando-os uma raça extremamente odiada. Após os humanos terem frotas inteiras de suprimentos roubadas ou desaparecidas, passaram a culpar os reptilianos e proibiram a vinda deles à Eloria; apesar de que, em segredo, uma tripulação ainda viaja àquelas regiões por conter os mais raros espécimes de plantas.
Os reptilianos cultuam os Cenn-fáelad Aisslis e Maudorg'ah. Aisslis é o Senhor da Natureza e nos tempos que vivera em forma física sua casa fora em Eshyss, ao lado dos orc’s e reptilianos.
Orc
Os orc’s são seres brutos e robustos. O dilema deles, de acordo com as outras raças, seria “agir antes de pensar”.
No princípio, os orc’s possuíam dois clãs em Temeria: Bagorduz nas terras de Eshyss e Ash-gor em Mael'ludir, no leste. Os Bagorduz eram selvagens e, se não fosse pela oferta irrecusável de terras que os reptilianos lhes ofereceram, eles jamais teriam se aliado. Entretanto, os elfos de Eshyss, já inimizados com os orc’s, trouxeram embarcações do distante norte e iniciaram uma triunfante batalha que dizimou os Bagorduz. Os poucos que restaram se afugentaram no subterrâneo.
Apesar de serem tratados como burros, os orc’s são poderosos guerreiros naturais. O Emissário Sagrado de Taemar contou que um orc nascido e criado sob as muralhas da Fortaleza de Eogain equivale a três Cavaleiros da Guarda Real. Suas habilidades de combate são, atualmente, a segunda mais fatal de Temeris, somente perdendo para o clã humano, Ulthosnor, do norte. Apesar disso, os orc’s obtiveram mais fama ao mostrarem-se capazes de domar animais e fazê-los fortes companheiros em batalhas. Um gnarlhound, por exemplo, jamais pensaria duas vezes ao ver um humano. E os orc’s mostraram-se capazes de domá-los.
São devotos aos Cenn-fáelad Hargnosh e Aisslis. Hargnosh, o Pai dos Guerreiros, é o patrono dos lutadores e qualquer um que se preze tem fé nele.
Elfo
Os elfos são atualmente retratados como a raça pacífica de Temeris, apesar de eventualmente receberem ameaças vindas dos orc’s.
Inicialmente os elfos apenas viviam no noroeste, no continente de Dagaladh, ao lado dos anões e humanos, onde as três grandes capitais estão presentes. Entretanto, ao perceberem a freqüência que tantos os humanos quanto os anões enviavam embarcações para colonizar as outras terras, eles decidiram tentar a sorte e viajaram em direção ao sul, rumo à Eshyss.
Quando chegaram, foram surpreendidos pela vasta selva que cobria a região e as raças que ali habitavam. Quando adquiriram a confiança dos reptilianos e menos suspeita dos orc’s, realizaram a construção de uma pequenina vila e iniciaram a verdadeira colonização.
Num destes momentos, os orc’s firmaram uma aliança com os reptilianos e sem mais nem menos atacaram e devastaram a vila élfica, matando crianças e destruindo os navios.
Quando a notícia finalmente chegou aos ouvidos dos elfos de Dagaladh, eles enviaram reforços – em exagerada quantidade – para proteger a vila, agora nomeada de Taemar. Portanto, eles não buscavam proteção, e sim vingança. Não perdoaram nenhum orc, simplesmente acabaram com os Bagorduz e expulsaram os reptilianos daquelas terras.
Após o trágico evento, nada de relativamente ruim ocorreu aos elfos. Eles atualmente selaram um tratado com os anões em Mael'ludir para obter parte do lucro nas minas caso ajudassem no suprimento dos mineiros e, também, iniciaram a construção de uma pequena vila em nome do tratado, chamada Lignum.
Eles são fiéis aos Cenn-fáelad Aisslis, Lithain e Mith’diel, a Alma dos Fiéis. Lithain, a Fúria dos Caçadores, é tratado como um misto entre Ern-fáelad e Cenn-fáelad em certas regiões.
Dizem que ele abençoa quem caça, embora para isso o caçador tenha de ser um matador a sangue frio dos animais selvagens. Os elfos, entretanto, realizam um ritual para cada animal morto por suas mãos.
Anão
Os anões são os mineiros mais eficientes de Temeris. Suas escavações são tão grandes que suas maiores cidades estão sob a terra, e todos que descem numa delas impressionam-se com a engenhosidade dos pequenos seres.
A cidade mais antiga dessa raça pertence ao arquipélago de Mael’ludir, e é chamada Mael’duin (cidade de Mael). Apesar de ela apresentar um tamanho relativamente pequeno se comparada à Fela’thorn em Dagaladh, não deixa de ser admiravelmente surpreendente. Foi fundada pelos primeiros seres da raça, antes mesmo da presença dos Cenn-fáelad na forma física.
Além da engenharia dos anões, a forja realizada por eles é a mais cobiçada de Temeris. Seus escudos são os mais resistentes e seus machados os mais fatais. O segredo, de acordo com eles, é o metal diferenciado que as minas de Mael’duin produzem, embora eles estejam enfrentando sérios problemas atualmente. Eles julgam que isso possa estar sendo provocado pelos elfos recém-chegados que fundaram Lignum. A população acredita que o tratado de suprimentos não dará tão certo como previsto.
Eles são fiéis aos Cenn-fáelad Lethaeg e Faelan, o Defensor. Lethaeg não fora inicialmente um Cenn-fáelad; quando Faelan surgira na forma física em Temeris, comoveu-se com o empenho trabalhador do homem e fez-lhe o patrono dos trabalhadores. As outras raças não o consideram um Cenn-fáelad de verdade e muitas cidades impedem seu culto.
Humano
Os humanos foram a raça mais vantajosa ao se tratar de magia. Foram os primeiros a compreender o funcionamento da mana e mais tarde o da alma.
Tem colônias espalhadas por toda Temeris, embora as mais notáveis sejam Colman e Porto Antigo em Eloria. Essas duas cidades são povoadas por membros de todas as raças, e são quase consideradas regiões neutras.
Os humanos viveram no oeste e noroeste no início. Foram nômades e um grande grupo deles vagou pelas terras de Dagaladh durante muito tempo até que, pouco antes da vinda dos Cenn-fáelad, se encontraram com os elfos. Eles não cultivaram suspeita um dos outros e isso originou um relacionamento perfeitamente condizente.
Fixaram-se em Verienmeril, a cidade dos elfos, por muitos anos. As raças aprenderam os costumes umas das outras e tornaram-se fortes aliados. Depois, os anões finalmente saíram de Fela’thorn e revelaram-se para o mundo exterior. Depois de algum tempo convivendo ao lado das outras sociedades e montando postos comerciais em Verienmeril, os pequenos seres forjaram uma aliança com os humanos e elfos.
Após alguns anos, eles iniciaram a construção da cidade de Alestan, a qual mais tarde tornou-se a capital humana (embora nela exista o Distrito Élfico e Anão). Diz-se ser a cidade mais bela de Temeris, com construções magníficas dos anões e florestas inteiras que os elfos prometeram manter intacta.
Atualmente, os humanos enfrentam problemas com a própria raça no norte. O clã Ulthosnor rebelou-se contra o reinado do injusto Rei Paulneth V e declarou guerra à própria sociedade. Os humanos bárbaros, entretanto, antepassados dos Ulthosnor no oeste (os quais ousaram permanecer em Grom’duth mesmo após os chakoyas os expulsarem) estão se fortificando e preparando um ataque à cidade dos pequeninos.
Os humanos são diversificados e dependendo da região cultuam muitos Cenn-fáelad distintos. A maioria evita o culto de Lethaeg.
Última edição por FilipeJF em Dom Jun 01, 2014 5:10 pm, editado 3 vez(es)