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Outro lado da visão
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Outro lado da visão
A história é contada em modo narrativo em 1ª pessoa a partir de um garoto chamado Rodrigo Andrade Oliveira. Um homem de 22 anos que conta a sua história de horror.
Capítulo 1 - parte 1
Capítulo 1 - parte 2
Capítulo 1 - parte 3
Capítulo 1 - parte 4
5ª Parte ainda to terminando. Nessa 5º só irei explicar o porque do garoto se demonstrar tão inteligente.
Há alguns erros de português, estou ciente.
Só estou divulgando essa minha LN que ainda está tomando forma.
Com tanto que a sua opinião não seja ofensiva, fique a vontade.
Parte 1 -
Parte 2 -
Parte 3 -
Parte 4 -
Capítulo 1 - parte 1
Capítulo 1 - parte 2
Capítulo 1 - parte 3
Capítulo 1 - parte 4
5ª Parte ainda to terminando. Nessa 5º só irei explicar o porque do garoto se demonstrar tão inteligente.
Há alguns erros de português, estou ciente.
Só estou divulgando essa minha LN que ainda está tomando forma.
Com tanto que a sua opinião não seja ofensiva, fique a vontade.
Parte 1 -
- Spoiler:
- Outro lado da visãoMostrarei a você que não estamos sozinhos neste plano.
Sempre queremos algo, sempre buscamos algo, quando achamos o destruímos, quando não achamos nos destruímos.
Ano 2004, mês dois, dia seis.
Meu nome é Rodrigo Andrade Oliveira, tenho sete anos.
Venho lhes contar sobre minha vida, minha história, sobre o paranormal.
Por que lhes contar sobre algo que não irão acreditar? Não custa tentar... Aqui estou eu refletindo textos, daqui a pouco estarei abrindo a minha frágil carcaça e mostrando-lhes a minha alma, lhes apresentando minha memória, lhes apresentando minha vida. Por mais que eu corra mais eu retrocedo, é um loop sem fim, é uma volta inevitável.
Convido-lhes a entrar, lhes convido a sentar, lhes dou uma xícara de chocolate quente, todavia o frio vem, todavia o frio vai.
A vida e a morte, um loop que não tem fim, a vida é a morte, e a morte é a vida, as férias da morte é a vida, as férias da vida é a morte. Não irei mentir, minha vida é cheia de surpresas, mente fraca? Retroceda!
Deixarei de enrolar, deixarei de lhe prender, eu ordeno que a hipnose, a lavagem cerebral de seu cérebro desapareça! Pronto, não mais veja televisão, não mais leia reportagens. Esta é a última vez que te libero de sua hipnose, sim, na vida passada te liberei disto, você não se lembra, pois sofreu uma lavagem cerebral avançada, desta apenas Deus retira.
Seu coração já está batendo fortemente? O meu não! Ainda não chegamos ao ponto crítico.
Aceite esta coberta, o frio será intenso. Beba do chocolate que lhe dei, pois este por si aquecerá seu corpo por dentro.
Pela área de serviço sigo andando e chego à varanda dos fundos, de repente me deparo com um espírito, ele estava todo branco e preto, um terno branco, uma cartola em sua cabeça, ele estava pálido, olhando concentradamente em meus olhos parado em minha frente, parecia um senhor dos tempos antigos, um senhor da mais alta classe relacionada a dinheiro. Em questões de milésimos após sua aparição ele desaparece, desaparece de uma forma que aparentava não ter estado lá, eu havia ficado paralisado até ele desaparecer, por incrível que pareça consegui pegar todos os detalhes básicos menos a cara dele na qual não foquei, pois estava paralisado no sentido literal. Após desaparecer eu saio de estado de paralisia e corro para a sala e deito-me no sofá cobrindo meu rosto, estava quase derramando lágrimas.
– Saia, vá embora! –
Gritava desesperado, não havia ninguém em casa, estava sozinho, estava com medo, não sabia o que fazer, não sabia como superar.
Três horas depois.
Acordei no chão, minha roupa rasgada, hematomas no corpo.
Comecei a me perguntar sobre como dormi se nem um pingo de sono eu estava.
Ouço barulho do telefone e vou até ele e atendo.
– Alô?! –
– Venho informa-lo de que você acabara de ser violentado pelo tio de meu bisavô. –
Rodrigo já estressado e com um tom agressivo, pergunta no telefone:
– Quem está ai? Responda-me! –
Ninguém o responde. Rodrigo olha para baixo para ver se é algum mau contato no cabo do telefone, este vê que o cabo do telefone estava cortado.
– Socorro! –
Gritou desesperadamente.
“Como fui violentado pelo tio do bisavô de uma pessoa, isso é impossível, ninguém vive a tamanha idade...”, estes foram meus pensamentos refletidores sobre a mensagem que me deixaram.
Meu corpo de repente começou a sentir as dores, era como se eu tivesse sido espancado enquanto anestesiado e a anestesia de repente tivesse o efeito anulado.
De repente uma figura preta maciça, uma textura densa, apareceu e desapareceu bem em minha frente. Olhei para fora de casa e vi um vulto vindo em minha direção muito rapidamente e emitia um som assustador, atravessou meu corpo e me fez cair no chão.
Atrás de mim apareceu um cachorro morto, todo cortado, bem onde o vulto havia desaparecido.
Em minha barriga havia um pouco de sangue, porém não havia ferida alguma.
Desmaio e fico em coma. Minha mãe aparece e me leva rapidamente ao hospital e continuei em coma durante 10 dias, já estavam a desligar as máquinas. Como se fosse um sonho, eu vejo ao redor da cama onde eu estava deitado pessoas conversando sobre mim, me julgando, discutindo sobre uma decisão de deixar ou não me deixar viver.
Eu estava tentando me movimentar, mas não conseguia, tentava falar, mas não dava, parecia ter algo tapando minha boca e algo me amarrando, havia algo prendendo meus olhos para continuarem fechados, porém, todavia eu conseguia surpreendentemente ver, mesmo estando com meus olhos fechados.
– Abra os olhos meu bom rapaz, a decisão está tomada, virás convosco! –
Falou todos de uma vez só, desta forma me assustou e logo pensei “espera, se eu abrir os olhos, eu irei poder ver o mundo desencarnado, se eu me movimentar sairei do meu corpo e pode não haver volta...”, refleti sobre isso e eles insistiram por dois minutos, foquei-me em abrir dois olhos exteriores, não conectados diretamente a mim, uma névoa azul apareceu e foi se transformando em tudo do mundo desencarnado, podia ver os mortos e os prováveis anjos.
– Como pode abrir seus olhos desencarnados sem estar desencarnado? –
Perguntaram eles.
– Simplesmente foquei-me em abrir olhos que não estão diretamente conectados a mim, pois enquanto vocês conversavam eu conseguia vê-los, mas meus olhos não estavam abertos... –
Respondi com muita vontade, mas eu não movimentei minha boca, tentei falar novamente, mas não consegui... “Uma habilidade nata?” pensei.
– Você também pode falar sem estar falando... Decisão revogada, você irá viver! –
Falou todos de uma única vez.
Quando me dou conta já estava dentro do caixão sendo levado para ser enterrado, dou berros e gritos, bato no cachão e fico dizendo para me deixarem sair.
Aqueles que estavam carregando o cachão tomam susto e acabam deixando o cachão cair e ao cair o mesmo se quebra.
Minha mãe corre em minha direção e me abraça e me beija.
Capitulo um, parte um. FIM.
Parte 2 -
- Spoiler:
- Outro lado da visãoMostrarei a você que não estamos sozinhos neste plano.
Sempre queremos algo, sempre buscamos algo, quando achamos o destruímos, quando não achamos nos destruímos.
Ano 2004, mês dois, dia dezesseis.
Levaram-me de volta ao hospital. Lá me colocaram novamente nos aparelhos e minha mãe assinou minha internação para ficar sobre supervisão médica.
Meu ritmo cardíaco estava alto de mais, adrenalina corria em meu sangue.
Os médicos estavam fazendo exames para saber o que houve comigo.
Sem minha permissão ou de minha mãe eles me cedam, eles estavam me preparando para uma cirurgia, talvez uma autopsia em uma pessoa viva, óbvio, isto ia me matar.
Eles queriam saber como, queriam examinar cada célula do meu corpo, pois eu tecnicamente voltei dos mortos.
– Levanta-te e se proteja, do contrário contaremos como suicídio e serás julgado como desprezador da vida e em nosso reino não entrará! –
Falou um anjo que estava dando-me a mão, com os pés na maca onde eu estava sendo carregado.
– Pode me dar sua mão, você não irás morrer, apenas terá uma pequena convulsão ao me tocar. –
Tentei toca-lo com minha mão, mas não conseguia, cada vez mais fazia força, espiritualmente já estava sangrando.
Faço muita mais força, até que consigo estender meu braço físico, todos que estavam me carregando até a sala de cirurgia se assustaram e deixaram a maca cair, porém parecia que ainda havia uma maca me segurando.
O anjo segura minha mão, e como ele disse, eu tive uma convulsão no momento, sangue saia de meu nariz, meu corpo estava rejeitando sangue, minha boca estava espumando.
Os médicos saíram correndo.
O anjo desaparece, e eu caio no chão em modo crucificado, parecia que eu estava amarrado em uma cruz, porém eu não estava e estava livre para movimentação.
Um pedaço de papel aparece do nada caindo em direção ao chão e o pego e leio.
“Fica-te calmo, o sangue que de você saiu não irás fazer-lhe falta, a convulsão foi inevitável, pois fiz teu sangue contaminado pela anestesia geral voltar e sair de teu nariz. Ao levantar-se sentirás tontura, mas não será nada de mais.”
Era o que dizia no papel que logo após se transformou em água.
Água não havia mais ali, pois não era água em nosso plano.
“Anjo? Devo estar enganado... Este só pode ser um espirito maligno querendo chegar perto de meu coração e depois arranca-lo fora...”.
Pensou Rodrigo indignado e um pouco paranoico.
Rodrigo se levanta e o sangue já não estava mais ali, o chão e seu corpo estava totalmente limpo.
Logo penso:
“Isto só pode ser uma peça pregada por aquele filho da mãe...”.
De repente eu percebo que ainda estou deitado e de olhos fechados, estou em minha casa ainda no chão.
Acordo e lá estou ainda no chão da sala da minha casa, realmente.
– A verdade pode ser a mentira e a mentira pode ser a verdade... –
Falou uma voz amedrontadora e puxando um tom roco.
Assustada mente penso:
“De onde veio esta voz?”.
Fico de pé, porém, todavia sentia-me deitado.
Acordo e vejo que estou ainda na cama, enrolado com uma coberta grossa, médicos ainda estavam a medir minha pressão.
Minha mãe já havia saído, e os médicos também já estavam de saída.
A noite está próxima
Olhei ao relógio da parede, ao lado de um armário, perto da de uma parede lateral onde ficava a janela, era de madeira com verniz, com uma cortina cinza, vidros da janela era lisos, trancada, por fora uma escada de emergência para caso de um incêndio, o chão era todo branco e a parede pintada de verde, havia um vaso de flores reais perto de mim, tulipas, havia também um suporte para televisão e em cima uma televisão e um vídeo cassete embutido, o controle de ambos ficavam em uma mesinha ao meu lado, a mesinha era coberta de verniz.
A porta para o corredor era também de madeira com verniz, uma porta grande de correr com vidros lisos e no topo uma cinza para haver privacidade.
No relógio de parede indicava que era 17h55min.
– Doutor, poderia fechar todas as cortinas? –
Perguntei ao “Dr. Marlon”, pelo menos era o que estava escrito em seu crachá...
– Sim, claro. –
Respondeu o Dr. Com uma voz calma e suave, porém vibrante e alegre.
Suas roupas, óbvio eram todas brancas, calça social e uma blusa gola V toda branca com o nome “Orbinson” estampado, este provavelmente é o nome do hospital, por cima destas roupas um jaleco grande e branco com um crachá indicando seu nome.
O Dr. Fechou a cortina da janela, colocou um controle remoto para desligar e ligar a luz na mesma mesinha onde fica o da televisão, fechou a cortina da porta, me deu boa noite e saiu, fechou a porta. Desliguei a luz e virei e cai no sono.
02h20min da madrugada
Acordo sem sono algum e olho para o relógio e noto que são 02h20min da madrugada.
Vejo alguém do meu lado e fecho os olhos, porém meus olhos espirituais se abrem e ele acaba percebendo.
Pensei “Droga”, acabo falando com minha boca espiritual e ele percebe, vem com uma faca para cima de mim e me esfaqueia, era o que dava a perceber, sentia muita dor, não havendo do que sentir dor.
Minha cama se enche de sangue sem novamente não haver ferida alguma em mim.
Minha pressão aumenta, minha respiração fica profunda, meu coração aumenta o ritmo, sim! Estava morrendo de medo e de dor.
De repente estava fora de meu corpo, minha alma estava quase desencarnada, apenas uma corda magnética não visível nem aos desencarnados me segurava ao meu corpo.
Começo a andar pelos corredores e vejo uma garota, toda queimada e ensanguentada, estava correndo de algo ou alguém.
– O que houve garotinha? –
Perguntei preocupado.
– Corra ou morra! Um anjo está vindo, não é qualquer anjo! –
Respondeu ela correndo com uma voz horripilante e surpreendentemente assustadora.
Corro junto a ela e vou pensando “Só pode ser... Um anjo da morte, mas eles não enganam e levam as pessoas pelo bem?!”.
– Não! –
Respondeu a garota, porém eu estava pensando e não falando, como ela poderia ter descoberto?!
– Ele vem como seu pior pesadelo e te tortura até sua alma sumir deste mundo... –
Falou a garota.
Logo penso:
“Espera um momento... Meu maior medo é o que estou presenciando agora... E ele só poderia saber meus pensamentos se eu estive-se quase diretamente conectado a ele...”.
Paro de correr e digo:
– Mas eu não estou morto! –
Gritei como se eu acabara de entrar em uma tortura, com uma faquinha de recheios, esta é sem ponta e sem serra, não a meios algum de se cortar alguém, causaria uma dor insuportável.
Parte 3 -
- Spoiler:
- Outro lado da visãoMostrarei a você que não estamos sozinhos neste plano.
Sempre queremos algo, sempre buscamos algo, quando achamos o destruímos, quando não achamos nos destruímos.
Ano 2004, mês dois, dia dezessete.
Eu corro e de repente não há chão, o que vejo abaixo de mim é apenas uma cachoeira, e eu acabara de cair do topo dela.
Caindo, caindo, caindo, não á nada mais a se fazer, não há mais volta.
De barriga colido com a água, uma forte correnteza que me leva a outra queda d’água de cachoeira, esta é maior do que a primeira.
Vejo o ceifador na água.
Eu tento subir, me esforço para parar minha queda, mas não há nada a fazer, a não ser...
Deixar minha morte vir.
Na mão do ceifador aparece uma foice, ele vira de ponta para minha barriga, mas ainda estou no ar, caindo.
Até que caio e a lâmina da foice atravessa meu corpo, barriga e costa.
Eu me dou conta que não haveria volta...
Sinto choques corroendo meu corpo todo, mas como?!
Eu não estava morto?!
Como ainda posso sentir se todas minhas artérias, veias principais, estavam cortadas?!
Como, se meu sangue estava fazendo uma cachoeira ter a água vermelha, de tanto sangue derramado?!
Inexplicáveis perguntas, a não ser...
– Mais uma vez você se safou de mim! –
Disse a morte.
Acordo na cama com o Dr. Indo me dar uma descarga elétrica.
– NÃO! –
Desesperadamente, grito.
Por pouco não morro por descarga elétrica, e descuido do médico...
Acabo tombando da cama ao chão pelo grande susto que eu acabara de tomar.
Sinto o chão cheio d’água e logo penso “aquilo não foi real, não pode ser! E por que um médico daria descarga elétrica em mim com meu quarto todo cheio d’água?!”.
O medico pega meu braço me levanta e me coloca na cama novamente.
Ele olha em meus olhos e diz:
– Você é um menino de muita sorte... –
Ele se vira e sai da sala. Olho para o chão e não vejo mais aquela água...
Levanto-me da cama e vou em direção ao banheiro, ando pelo corredor inteiro e desço as escadas de mármore, vou descendo tranquilamente, vejo duas pessoas subindo... Um homem e uma mulher.
– Olá –
Digo eu, cumprimentando-as...
Eles sobem e me ignoram, mas a frieza deles era tanta que parecia que eles não me viram...
Olho para traz e digo:
– Ei, vocês não estão me vendo aqui não? –
Eles se viram e dão três passos, porém parecia até que eles se teletrasportam para perto de mim a cada passo...
Olho aos olhos deles e estava totalmente branco, o rosto pálido e com rachaduras superficiais... Pareciam... Estarem mortos.
Frio, de repente todo o local ficou muito frio, um cheiro insuportável de morto, a escada estava exalando...
Dou um passo para traz assustado, porém o homem dá um passo e fica quase se encostando a mim, estava muito próximo, desrespeitando a lei da distância.
A mim levantou uma mão e agarrou meu pescoço, levantando-me ao alto.
Um médico descendo as escadas me vê no chão me contorcendo, tendo ataques, convulsões, porém, em meu cérebro eu estava suspenso no ar por um espírito maligno, provavelmente haviam morrido no hospital. Os espíritos pareciam revoltados, sem brincadeiras...
– Ajudem aqui! –
Gritou com um tom de voz pesado, porém alto.
O médico tenta segurar minhas mãos, eu estava realmente muito agitado, as convulsões eram fortes. Marcas vermelhas de mãos apareceram em meu pescoço.
Dois médicos descem rapidamente e me imobilizam completamente, levantam-me e me levam ao meu quarto ainda imobilizado, paro de ter os ataques e digo.
– Não estão sentindo nenhum cheiro? –
Eles trocam olhares entre si e um atrás do outro respondem.
– Não, você está ficando doido! –
Fico estressado com a arrogância na resposta deles e digo a eles.
– Vocês terão uma violenta morte. –
Eles após isto ouvir simplesmente me largam e me deixam cair no chão, sobem as escadas e me deixam lá sozinho cheio de dor.
Levanto-me e continuo descendo a escada. Parecia que alguém me carregava, mal sentia as dores, vejo dois corpos, cujo são um homem e uma mulher. O homem estava pendurado pelo pescoço através de uma corda presa ao corrimão, e a mulher com o corpo todo quebrada.
De repente ouço gargalhadas, histéricas e altas gargalhadas, cujo tendo a fonte como os cadáveres. Eles viram a cabeça em direção a mim e vejo mãos saírem do chão e agarrar meu pé e seguram com força, uma força extravagante. Olho de novo para o local que os cadáveres se encontram, e não os vejo mais, olho para trás e vejo o homem, olho para frente vejo a mulher com todos seus membros voltando ao lugar e ela se levantando. Em minha direção os dois vagam e me atacam, pisco o olho, eles somem, o único ataque que eu acabara de sofrer era psicológico, continuo a descer as escadas, sinto alguém colocando um pé na frente dos meus dois calcanhares e uma pessoa me empurrando, eu não apenas senti como aconteceu.
Escada a baixo eu caio, porém foi poucos degraus pouco menos de 10, mas estes degraus machucam do mesmo modo, após rolar aproximadamente 10 degraus eu chego em uma parte de piso, uma dobra para uma escada lateral.
Por sorte eu não caio de mau jeito, isto poderia me fazer quebrar algum osso.
Levanto-me do chão, com poucos hematomas, estes apenas de inchaço, não falando nada, me esforçando para não demonstrar dor, descendo as escadas, ouvindo risadas maliciosas, assustado com tudo, me sentindo só, como se nada existisse, como se tudo fosse branco, e eu, no meio do infinito.
Eu logo penso: “Por que estou descendo as escadas se no andar onde eu estava havia banheiro? Devo estar realmente ficando maluco.”.
Continuo descendo, mas as escadas parecem não terem fim, aproximo-me do corrimão e olho para baixo, parecia crescer a cada segundo, olho para cima e o mesmo resultado deu, entro em desespero e começo a gritar pedindo socorro, deixando sair lágrimas de meus olhos.
Parte 4 -
- Spoiler:
- Outro lado da visãoMostrarei a você que não estamos sozinhos neste plano.
Sempre queremos algo, sempre buscamos algo, quando achamos o destruímos, quando não achamos nos destruímos.
Ano 2004, mês dois, dia dezessete.
– Não consigo ver-lhe corretamente... Seu corpo parece desmanchar.
Disse uma voz horripilante cuja fonte está desconhecida.
– Saia deste hospital...
Complementou a voz horripilante, porém desta vez falou com a voz desaparecendo aos poucos. Parecia um eco.
Fico assustado ao ouvir aquela voz. Aquela voz parecia ter me hipnotisado, meu corpo não correspondia aos meus desejos...
A única coisa que eu estava sentindo era medo, o único sentimento. Eu estava ali em pé na escadaria, já havia perdido a sensibilidade de todo o meu corpo, percebia brisa subindo, mas não sentia nem mesmo um calafrio.
Meu corpo de repente se move, coloca as mãos no corre-mão e sobe e incrivelmente se equiliba, olha para baixo e só vê o fim se afastando. Dou um salto.
Eu parecia cair mas ao mesmo tempo parecia não cair, o temo parecia ter parado. Parecia estar chegando ao chão, porém parecia estar se distânciando do chão, de repente tudo ao meu redor vira puro vulto, parecia estar caindo ou subindo a enormes velocidades.
Sem muito tempo passar eu já estava no térreo. Recupero o controle do meu corpo. No térreo havia muitas pessoas, porém por mais que eu grita-se alto ninguém respondia, pareica que eu nem mesmo estava lá.
Começo a me aproximar das pessoas e logo começam a olhar para mim, seus corpos ficam cinzas e começam a rachar, um líquido preto sai do olho, boca e nariz de cada um deles, começam a dar grandes gritos cada um deles e simplesmente se transformam em pó.
Um clarão acontece e eu estou no mesmo lugar em que antes eu estava, na escadaria.
De primeira eu penso: “Será que quando eu tive a sensação de ser hipnotisado eu cai em uma ilusão mental? Ou estou perdendo a sanidade?”.
Olho novamente para baixo e vejo que estou mais perto do que imagino do local onde eu queria estar, no banheiro.
Continuo descendo e chego ao banheiro, vou em direção ao vaso e lá mijo. Em quanto mijo eu ouço passos, ouço porta abrindo e fechando. Não pergunto quem é, termino e saio e não há ninguém.
Vou lavar minhas mãos. No local há uma gigante pia, igual as de um shopping e obviamente com um grande espelho.
Ouço uma voz quando vou pegar o papel para secar minha mão, chamava meu nome, ecoava em meus ouvidos. A primeira coisa que faço é olhar para o espelho e nele vejo um homem e uma mulher totalmente nús, excitados. A mulher saí do espelho e me puxa para o mesmo. Um universo paralelo. Eu estava em um mundo caótico, o que mais me assombrava é que todos estavam nús, mas não pareciam perceber, ou simplesmente ignoravam.
O homem e a mulher aperta meus braços, minhas costas, meu pescoço, minha cara, minhas pernas, minha coxa de uma forma muito violenta, eu gritava de dor, o homem aperta minha perna tão forte que eu acabo tendo a perna esquerda quebrada, todo meu corpo estava com hematomas bem roxos por onde eles apertaram. Parecia ser a intensão deles.
– Serás chamado de louco ao contar o que aconteceu, e com isto será levado para um hospicio. Você nos causa dor em sua presença, a sua vontade de nos repelir é muito forte, por isto saia!
Falou todos de uma só vez com um tom de ódio.
Após isso o homem e a mulher gentilmente me colocam sentado em cima da pia, que após isso se quebra e um pedaço de mármore corta meu braço, provavelmente eu teria de tomar 8 pontos por causa do corte ou mais.
– SOCORRO!!!
Grito desesperadamente várias vezes até começar a perder a voz.
Dois enfermeiros descem rapidamente as escadas em quanto eu grito e quando eu finalmente paro de gritar e desmaio eles aparecem e me levam para um quarto especial, engessam minha perna, limpam meu ferimento e me dão pontos e enfaixam o mesmo com gazes por baixo da faixa.
Minha mãe é chamada no hospital, porém só depois de dois dias ela decide vir no hospital, vindo ao hospital pega o caminho mais longo sem motivos. Parecia não querer me ver...
Duas horas se passa e ela chega ao hospital, vai ao balcão de atendimento e pergunta se pode visitar seu filho, a atendente diz que é necessário preencher a ficha de visita para registrar que ela assume que passou por ali, uma precaução desnecessária e idiota ao ver de todos que ali estavam.
A mãe de Rodrigo pega o elevador e sobe até o andar 8, onde se localizava o seu filho, chegando lá ela vai no quarto 17 e tem uma visão horrível de seu filho todo enfaixado e com gesso na perna.
Começa a chorar e dá um beijo na testa do Rodrigo, o mesmo dá um sorriso e diz “eu sabia que você viria, mas não sabia que iria demorar tanto...”.
– Desculpe eu não ter vindo antes...
– Tudo bem, eu fiquei bem...
– Não é o que parece(risos).
– E o seu trabalho?
– Irei ter que voltar amanhã, só consegui esse dia...
– Entendo(voz triste)...
– Saiba que apesar disso tudo eu ainda te amo!
– Eu também(voz alegre).
Viro minha cabeça para o lado em direção à janela e vejo que está anoitecendo e viro a cabeça em direção à minha mãe e digo:
– Está ficando tarde, é melhor você ir, se dormir aqui pode acabar perdendo o trabalho amanhã...
– Ma-
– Sem “mas”, você não pode perder o trabalho, não quero vê-la sem poder bancar o pão que come...
– Então ta filho... Até mais.
– Até.
A mãe do Rodrigo dá um beijo em sua testa e diz que ama ele e sai do quarto e pega o elevador.
O elevador chega e ela entra nele e seleciona o térreo, em quanto ele desce todos os cabos que seguram o elevador se rompem e ele caí diretamente no poço que é um andar abaixo do térreo, o corpo da mãe de Rodrigo é jogado com muita força ao chão quando se colide com o chão e a mata na hora, para completar o elevador é destruído completamente.
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