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Instituto Ëbon
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Instituto Ëbon
Depois de ter apresentado um texto, da ultima vez venho mostrar alguns capítulos do livro concluído.
Chama-se "Instituto Ëbon - O primeiro ano."
Capitulo I - Boas-Vindas
Capitulo II - Seja feita minha vontade.
Capitulo III - Aquilo o que escolhemos ser
Capitulo IV - Os híbridos
Espero que gostem, não é tudo, mas acho que já da pra dar um gostinho.
Nesse tópico foi postado com consentimento do autor (Victor Henrique L. de Lima) que tem registro da criação deste mesmo livro cujo é intitulado "Instituto Ëbon" um total de 4 capítulos, semi-organizados.
Sabe-se que essa obra compõe 12 capítulos, dentre os quais não contam as notas do autor, e trechos por ele adicionado, para a versão impressa desse material, sabe-se que se reserva o mesmo direito da continuação desta saga para o próprio autor Victor Henrique L. de Lima.
Caso continuem querendo ler, da uma passadinha no blog do Ëbon.
http://victorhautor.blogspot.com/
Chama-se "Instituto Ëbon - O primeiro ano."
Capitulo I - Boas-Vindas
- Spoiler:
A magia é à força proporcionada pelo poder intelecto dos seres mágicos, mas, por parte, a magia põe um peso entre as ligações físicas do usuário.
Aqui em Wutrefall Ëbon, pequena cidade localizada no continente das Alchallicias, está à escola de formação de humanos mágicos, à Escola Ëbon, eu estou ingressando nesse colégio e hoje são 14 de fevereiro.
O meu nome é Philiphe, sou novato e estou ingressando nesse mundo agora, a magia é uma coisa nata, ou seja, você já nasce com ela, à parte ruim é que sou filho de dois grandes condes e ainda não sei qual é a minha habilidade ou vocação mágica, mas ainda sou novo tenho quatorze anos, é o que minha mãe sempre me diz, recebi um diário a qual agora estou a escrever, acho que o ganhei de alguma tia ou de algum parente distante... Isso é nauseante, eu quero ser popular nessa escola, já que de passagem a última passagem escolar, não foi uma boa experiência...
“Homo Erectus!”
Este foi o nome que estava no banner que recebia os alunos, “O homem está de pé!”, eu pensei comigo mesmo, depois observei a área externa, vi todos que circulavam pelo colégio até todos os lugares até onde meus olhos alcançavam, eu então terminei de escrever o meu no meu diário, o fechei, colocando o na minha bolsa, e entrei no colégio.
Ao entrar eu presenciei a grandiosidade do lugar, me lembrei que um dia na oitava série eu tinha lido algo parecido, é que haviam construções feitas cujo seu objetivo faziam o homem refletir como ele era pequeno, em relação ao que o envolvia de fato a escola continha 917 salas de estudos que em geral eram laboratórios, salas de dinâmica havia uma biblioteca imensa, ou bem eu imaginava tudo isso, por que minha mãe e meu pai sempre me disseram como era a escola durante o seu tempo de estudos, eu andei pelo corredor até chegar ao emblema da Ëbon, era um “e” capitular e cifrado, que dividia a escola em dois outros corredores, cada um tinha um standard, como dois nomes BellHoul e Jhöta, foi ai que eu me lembrei das fraternidades, também chamadas de guildas, as duas grandes guildas do mundo da magia, Jhöta à esquerda e BellHoul à direita.
Os magos nunca traem suas fraternidades, se eu me vira-se para algum dos lados, eu estaria optando por uma das fraternidades, meu pai era um Conde Jhöta, nos seus tempos de estudo ele foi o capitão do dormitório Jhöta, o que lhe rendeu várias premiações como títulos e medalhas, minha mãe Clammery, era uma BellHoul também conhecida como a Condensa da Barbaria, o único titulo que recebeu foi o Pleno Pryade, dado apenas para que aprende a conjurar a magia do controle das armas mágicas acima do Rank – A, poucos conseguiram desde muito tempo, os dois se conheceram e se apaixonaram, e só após o meu nascimento descobriram que cada um era de uma guilda distinta e resolveram se separar, mesmo eles se amando muito era proibido e como eu já falei antes, magos nunca traem as suas facções.
Eu estava ficando cada vez mais indeciso de qual caminho tomar, eu sabia que iria receber uma bronca de algum deles, meu pai ou minha mãe não iriam gostar de eu ter escolhido a guilda oposta isso seria, a separação real entre pai e filho, foi então que um dos que estava do lado dos Jhötas se dirigiu em minha direção, vendo a ação um dos que estava do lado dos BellHoul tomou uma contra partida.
O que veio do lado dos Jöthas tinha um corpo atlético, uma estatura média, seus olhos possuíam um vermelho penetrante, de fato o que me dava medo, no “mundo normal” meu pai era um fabricante de armas, tinha esses mesmos olhos, me lembrando muito bem que meu pai era sanguinário, mesmo sendo tão bom comigo, mas apenas por que eu era seu filho, e porque disputava a mim, com a minha mãe.
- Ora, ora se não é o filho de Hugo Stigma, vai se juntar a nós moleque? – Falou o Jhotä
O dos BellHoul, então escorou seu braço entre meu ombro e minha cabeça me envolvendo com um abraço meio que desajeitado, ele também tinha uma estatura média mais ele era pardo, seus olhos, eram amarelados cítricos, o que me dava uma sensação de agonia, quando olhava diretamente para os seu rosto.
- Mentira que você vai se juntar com os Jöthas não é maninho, a propósito prazer meu nome é Sebastian, venha comigo e você vai entender melhor sobre por que sua mãe, foi uma ótima guerreira maga e um conselho, não se junte com perdedores - ele deu um cascudo de leve em minha cabeça, depois assanhou os meus cabelos e com aquele abraço de urso, Sebastian, estava me levando para o lado dos BellHoul, de fato faltavam uns dois metros, para que eu me escolhesse não tão espontânea-mente ser um Houl, mais senti uma puxada em meu braço direito.
- Me desculpe, esqueci de me apresentar meu nome é Well, realmente desculpe-me pela minha falta de educação.
Well e Sebastian estavam agora se entre olhando de fato, suas expressões felizes de boas-vindas se desfizeram, notei que todos começavam agora a olhar em nossa direção.
Smuttle, o vigia do colégio estava encostado em uma das pilastras do corredor, próximo a porta de entrada, bem, segundo as normas do colégio ele não poderia se meter em disputas pessoais, até que isso leva-se a agressão dos alunos. Ele era alto, tinha cabelos finos, mesmo assim parecia ser tão desajeitado, sendo o vigia ele também era o zelador, usava roupas beges, boné, e galochas negras enquanto empunhava uma vassoura em suas mãos.
- Solte-o, Well - rispidamente pediu Sebastian.
- Que interessante, um Houl está chamando um Jhöta, pelo seu nome, será que querem reconhecer, que estão errados e reunir a Ëbon?
- Reconhecer? Não há o que reconhecer seu animal, vocês que devem fazer isso, e mesmo se tivéssemos errados, não reconheceria para perdedores.
- Bem já chega! Separem-se... - Anunciou Smuttle, erguendo a vassoura, posicionando-a em seu ombro.
Os punhos de Sebastian estavam fechados, fazendo tanta força contra si mesmos, que esmagariam a um bloco de metal se estivesse na palma de sua mão.
Enquanto, Smuttle apartava a briga, eu me aproveitei e sai em direção ao refeitório, bem fui pelo meio do pátio, eu seria facilmente visto a não ser pelo fato que estavam todos voltados, tentando agora apartar a briga de Well e Sebastian, como a escola era protegida contra ataques internos de magia, eles tiveram que resolver no “mano a mano”, havia apenas alguns lugares, em que eu poderia ir livremente, o pátio, o refeitório, e o quarto dos que non-optat, pessoas que não optaram por nenhuma das guildas “indecisos”.
Por algum tempo ainda ouvi os seus xingamentos, mais com à medida que me afastava do portão principal, o tom das suas vozes se silenciavam.
Muitos olhares se voltavam para mim, à medida que entrei no refeitório eu não me sentia totalmente confortável, mas alguém chamou pelo meu nome.
- Philiphe! - Disse uma voz feminina que estava entusiasmada.
- Oi? - Perguntei com certo receio de não conhecer bem o rosto, mas, me ela era familiar e também sua voz, mais mesmo assim não conseguia lembrar seu nome.
- Primo! - Ela se sentiu realizada ao dizer essa palavra, levantei minha sobrancelha direita, como em sinal de dúvida, mais aos poucos eu lembrava mais dela, e bem com tantas evidencias, ela só poderia ser realmente de minha família.
Ela estava simplesmente deslumbrante, seus cabelos brancos e compridos tinham certa ondulação, a íris de seus olhos ainda eram perfeitamente “normais” naturalmente tinha olhos cor de mel, usava uma boina, uma blusa branca por cima tinha uma jaqueta preta e vestia uma saia um pouco acima do joelho listrada com as cores da frança, eu notei que os meninos da escola começavam a se interessar muito nela principalmente os estudantes do segundo ano, e de certa forma a população do colégio que já notava em mim como um grande líder filho de condes, e receberiam uma grande barganha extra, já que minha prima viria junto comigo, para onde quer que eu fosse.
Havia apenas algumas mesas no centro refeitório que não pertenciam a nenhuma das guildas, todos os anos, aquelas mesas eram separadas para os alunos que ainda não se decidiram, na mesa estavam seis cadeiras, eu me sentei na cabeceira, minha prima sentou a minha direita, logo se aproximaram Well e Sebastian, dessa vez eu não conseguia, avistar o Smuttle, mais eles estavam com o seu semblante pacifico, o que era estranho de uma hora para outra eles tinham acabado de brigar, e desdenhavam isso, senti que eles tinham certa necessidade de se confrontar e que eu fui somente um motivo para que a briga fosse cabível, o Sebastian sentou na minha esquerda, em sinal de recusa Well sentou-se a uma cadeira de distancia da minha prima.
- Qual é o seu nome, necromancer? - Falou Sebastian, com uma voz firme, ele não desejava tão bem minha prima como os outros.
- Tudo bem que suportamos pessoas de outras guildas e eles são muito mais amigos, do que necromancers como vocês. - Ao dizer isto Well, olhou diretamente para Sebastian. Depois de todos ouvirem isto os olhares interessados em minha prima começaram a desaparecer.
- Erikä Faswood, e eu não sou uma necromancer, sou uma santa sacerdotisa do clero da ordem de santo Vespar, o justo, e não aceito essas palavras duras contra mim e quanto mais são ofensas diretas a santa ordem, já que Vespar era justo e vocês não são. - Erikä tinha uma voz de menina e quando falava alto parecia que sua voz iria desaparecer, ela parecia ser bem frágil, seus olhos cor de mel, pareciam que iram se definhar em lágrimas, mas para o seu consolo Well, replicou.
- Mil perdões madre! - Well encarando Sebastian, o falou - Tudo por sua culpa, Sebastian, quem mais teria idéia de acusar a prima de um puro nobre, se não um BellHoul, isso é ridículo.
- Como ousa você que se julga tão inteligente, mas no final das contas tem que ouvir conselhos de um inimigo - sagaz-mente falou Sebastian.
Eles estavam prontos a discutir até que de dentro de mim saiu algo mais forte do que minha vontade de ver aquela cena.
- Calem-se! Não vou tolerar esse tipo de tratamento aqui dentro da Ëbon Hall, dois grandes magos não têm tal comportamento.
- Sim! Disseram os dois em uníssono.
O timbre do nobre começou a fluir, eu sentia isso dentro de mim, na verdade isso indicava que agora minha voz não saia vazia, ou seja, não mais como um pedido, mas sim como uma ordem, para quem me escutasse essa e uma das “vantagens de ser um nobre”, mais isso fazia, com que os não nobres pensarem que todos nós nobres, éramos esnobes.
- Realmente você é não só um filho mais também um nobre, o suficientemente capaz, de fazer com que sua voz seja obedecida pelas duas guildas. - disse Sebastian, que se levantou e veio em minha direção, Well, não tinha idéia o que Sebastian faria.
Ele tomou minha mão, se ajoelhou e a beijou, os BellHoul ficaram sem ação, diante de tal ato, segundo a liça dos Houl, não adianta o que acontecesse Sebastian agora era meu servo, e obedeceria apenas a minha voz, independentemente da sua vontade.
- Por favor, senhor humildemente seu servo pede, que se junte a horda dos houl. - ele inclinou a sua cabeça.
Fiquei estático, mesmo aquilo não soando com a voz de ordem ou autoridade eu senti meu coração se comover, aquele era agora o meu servo, uma parte de mim, e agora me fazia um apelo.
- Well, faça alguma coisa - disse Mirä, a Sub-Comandante do acampamento dos Jhotäs, que estava posta em pé ao seu lado.
- Tragam minha adaga, e o melhor vinho! - Sussurrou Well no ouvido dela, mais eu terminei escutando.
- Parem todos! Eu gritei, não tornem as coisas mais difíceis do que elas já são para mim, realmente eu não tinha forças para dizer para o Sebastian que não! Ou lhe dizer que não ouça mais minhas ordens, se mesmo ele não sendo meu servo, por eu ser um nobre o timbre da minha voz soava dentro dos outros magos, como verdadeiras ordens, eu estava me contendo pra de alguma forma, não me perturbar, eu estava quase chorando por algum motivo, internamente.
Tudo esteve muito conturbado, o silêncio me gritava aos ouvidos e não sabia como responder até que Erikä tocou em minha mão, e me esclareceu a mente, percebi daí que sua categoria de magia era a ilumino essência e vi que como puro nobre eu absorvia o poder de todos ao meu redor, se usados contra mim, mais ainda vi ali ajoelhado, Sebastian que agora olhava para dentro dos meus olhos como se eles fossem à fonte da luz, o sol do mundo, ainda segurando em minha mão... Insistiu em seu pedido, e agora não me sentia mais aflito ou agoniado, de olhar para ele mesmo já que agora ele não era mais perturbador para mim.
- Por favor, mestre! Venha comigo - disse Sebastian.
Eu não tive outra reação, a não ser devolver o olhar que ele procurava em mim, refletido nos seus olhos, com dúvida e incerteza.
Capitulo II - Seja feita minha vontade.
- Spoiler:
Sorrateiramente, Smuttle apareceu dentro do salão, então eu me coloquei de pé já que ele vinha em minha direção, ele me cumprimentou cordialmente e me disse que eu não devia ter me levantado por uma pessoa tão simples como ele. – Sir. Philiphe, ele está a lhe incomodar? – Falou-me Smuttle. - Que Sem esperar a resposta se virou para Sebastian que estava ajoelhado e lhe indagou.
- Sabe bem qual é o teu castigo, por incomodar a um nobre, Senhor Sebastian Goffwen? Foi então que Smuttle, o Vigia, levantou a sua mão direita que surraria a face de Sebastian, mas, por puro instinto, eu segurei a sua mão o mais forte que eu consegui, ele se virou para ver que o deteve, olhei em seus olhos e percebi que me mantive num momento onde o meu poder era a total autoridade. Então Smuttle me indagou, com um timbre de sussurro.
- M-Mas, mas, senhor! Sabes muito bem que até os nobres devem respeitar as normas do colégio, normas essas que lhe dão mais direito.
- Smuttle, eu não estou as desrespeitando, agora esse jovem rapaz está sobre minha total jurisdição, sendo então agora o meu vassalo, então “eu”, - dei ênfase ao dizer isso e continuei - devo decidir o que devo ou não fazer com ele!
- Sim, claro m’ lord. Vi seus olhos ficarem prostrados, eu havia tirado sua moral em público e isso de fato, era péssimo, em vista que eu só provei o que já era fato para muita gente, que eu deveria ser e ter um comportamento como o de qualquer outro nobre esnobe que vagava naquele colégio, mesmo que Sebastian agora não achasse isto.
- Ora, ora, ora! Sir. Philiphe, seja bem-vindo a Escola Ëbon! E seja bem-vindo ao Häll da nobreza, por favor, em nome de todos os outros nobres que aguardam ansiosamente para conhecê-lo queira me acompanhar por aqui, sim! - disse um rapaz, que estava em pé dentro do salão.
Aquelas palavras entraram ao meu entendimento como ordem expressa, mesmo a minha resistência a ele seja lá quem ele for não era suficiente, então eu o segui, atrás me acompanhava Sebastian, como meu mais novo “guarda-costas”.
O homem tentou fazer que Sebastian, desistisse de nos acompanhar, era em vão, já que as suas ordens vinham diretamente a mim, porque Sebastian estava sobre o meu Juízo, mas não me afetava efetivamente, mesmo ainda sentindo parte do efeito daquele comando, que não tivera êxito.
Everm não sabia como, realmente eu sabia sim, esse era seu nome, o nome do rapaz que me guiou, eu cheguei a ouvi algumas vezes o pensamento de Sebastian para saber isso, depois para evitar que houvesse outro transtorno eu pedi, ou melhor, “mandei” que o Sebastian voltasse ao dormitório, ele tentou evitar, mas, minha voz era sublime aos seus pensamentos, um pedido inegável.
Após Sebastian se retirar, nós andamos por várias salas, vãos e corredores, até chegarmos ao primeiro destino que foi o meu quarto, internamente decorado de vermelho, de longe a cor que eu mais gosto, a cama devia ter uns dois metros, ao seu lado foi posto um criado mudo com uma lanterna encanecida por um fogo especial conhecido como a chama de um dragão vulgarmente conhecido por ouro dos tolos, afinal mesmo sendo raríssima e digna apenas de um nobre, ela não valia pelo esforço para obter a madrepérola.
- Bem, caso precise de uma coisa, peça a si mesmo Sir. Phil, ele me falou.
Eu me calei e ele continuou.
- Você vai a conhecer o modo de vida com os nobres dentro da Häll de nossa escola, agora vamos, ainda tem uma importante conversa com os demais nobres, eles não vão ser totalmente legais, alguns, 95% vão se achar melhores que vocês, mais diferentes das convencionais guildas, de cada nove nobres inscritos na ëbon apenas dois se formam, alguns desistem, por não suportar ou inclusive, morrem tentando se formar, na prova escrita é muito fácil trapacear, porém nada garante que os pensamentos de quem você esta colando estejam corretos, ou que ele já tenham terminado, e estão ali apenas para lhe atrapalhar mostrando aquilo que eles querem que você acredite que está pensando, por isso Philiphe não espere, nem confiar em mim, por enquanto aproveite.
Ele falou tanto, que demorei muito para entender toda a mensagem que ele passou, pois, foi muito conteúdo em tão pouco tempo, durante a conversa e entre um pensamento e outro foi tempo suficiente para que eu chegasse à sala de encontros do Häll.
Questionei-me por Everm aparecer tão simpático, mas, na verdade era uma víbora venenosa cuja gangrena da morte de suas presas, não dava êxtase para que sua presa morresse sem dor, mas eram peçonhas das trevas que fariam com que a vitima se agoniasse até o ultimo suspiro.
Já dentro da sala onde estavam os outros nobres...
O Everm já chegou dando um aviso.
- Atenção! Esse é Philiphe Beulreggär, o garoto que faltava.
- Olha, vejam isso, são roupas? Sir. Phil acusou-me um menino de cabelo alaranjado.
- De fato, sir. Como é mesmo o seu nome? Indaguei com tom irônico o rapaz que se irritou.
- Como alguém não me conhece, eu sou Wollof da Escandinávia, filho dos Duques da Haxônia, Neto dos Barões da Armia, e ousa você, sir. Phil, desconhecer a mim? - Disse em resposta a minha ousada brincadeira.
- Desculpe, eu não vi o crachá.
- Crachá? Onde? Onde está esse crachá, e por que eu não recebi um desses.
Todos gargalharam silenciosamente, alguns não se contiveram ao ouvir essa que o tal Wollof caiu em tal brincadeira.
- Então, senhor Beulreggär, você tem um senso de humor muito apurado, de fato, o que essa escola não precisa, agora com a licença dos presentes, eu irei me retirar.
Bem, eu poderia ter sido menos ousado, mas se não fizesse isso, saberia que Wollof me esculacharia o resto do ano por minhas roupas ou pelo jeito que me visto, de fato bem simples normalmente uso uma camisa listrada preta com branca, um boné, um all star, calça jeans com algumas correntes, e meu iphod, já chamava a atenção numa escola que era totalmente conservadora, e a roupa mais formal que eu trouxe foi uma camisa, ¾ branca, mais acho que não conseguiria usá-la todos os dias.
Eu estava me retirando da sala, então todos se entre olharam, e em uníssono todos disseram “Sir. Phil volte aqui!”, senti ordens expressas de todos os nobres presentes.
Eu obedeci mesmo sem saber a quem escutar.
- Há! Eu me esqueci de lhe dizer, Sir. Philiphe, acima de tudo dentro dessa sala, o respeito é a principal característica, mesmo que não tenhamos afinidades muito grandes, ou que nós nos odiemos, sair sem pedir licença é uma atitude não muito nobre se você me entende. Falou Everm, mas foi interrompido.
- Sr. Phil de fato isso é ultraje, afinal reconhecer para outras pessoas que elas estão mais certas do que você, fazendo-as sentirem-se superiores, isso sim e uma atitude não muito nobre. Venha até mim! – O timbre da sua voz não veio para mim como uma ordem, não, estava mais como uma possessão do inferno, aos poucos me aproximei da mesa onde estava aquela mulher que continuou a dizer. - Bem eu sou Lea Gondolph, Nobre especializada em artes da defesa psicológicas, o que quer dizer que perto de mim sua resistência é consideravelmente maior sendo a sua chance praticamente nenhuma, para que alguém lhe manipule, eu também posso expelir intrusos, dando-lhe fortes ataques. De fato, psicologicamente eu sou impenetrável. Poderemos ser amigos? Já disse que o meu nome é Lea?
Eu sorri para ela, logo ficamos amigos, de fato ela não parecia ser como os outros nobres, diferentemente, ela foi legal comigo, então contando agora, eu só tinha três amigos no colégio e percebi que isso já era um grande número.
Daqui a dois dias começariam as aulas, eu deveria estar pronto, faltar ao primeiro dia de aula é reprovação automática, e bem, eu queria ser alguém na vida.
Capitulo III - Aquilo o que escolhemos ser
- Spoiler:
O sol estava em seu esplendor sobre o horizonte, espiei por minha janela e vi enquanto as sombras se moviam lentamente sobre o chão como se fossem alcançar um objetivo interminável, sempre andar por ai tomando conta de todo o mundo, por onde conseguisse passar, porem a medida que fossem conquistar espaço perderiam também, afinal ninguém tem tudo para si, egoísmo gera egoísmo, pois sempre haverá sombras onde luz.
Já estava acordado e um pouco sonolento e indisposto, eu diria, afinal não dormi por toda a noite, por algum motivo o meu novo quarto naquela escola não me permitia dormir, o que era estranho, sempre ele fora muito bem climatizado e possuía uma paz que era incomparável.
Então foi lá por volta das oito horas da manhã, escutei batidas na minha porta, e por muito tempo fiquei deitado na minha cama, não sentia vontade nenhuma para me levantar
Finalmente quando se passavam mais de três minutos as batidas se tornaram mais insistentes, eu não suportava mais aquele barulho afinal eu devia tomar satisfações de quem me incomodava, tive um pouco de coragem embalado com sono e um pouco com fome eu diria, então fui e abri a porta, puxei o trinco e então girei a maçaneta que estava por sinal congelando, em defesa ao frio inesperado que beirava a 49º negativos, daí então, puxei minha mão com toda a força afastando-a da porta... (Nessa temperatura minha mão poderia nunca sair dali, depois do breve trauma afinal acho que ninguém em sua sã consciência gostaria de ter uma mão de enfeite pendurada na porta de seu quarto.)
Poderia ser apenas um surto psicótico, por uma segunda vez tentei abrir a porta, e nada diferente me aconteceu.
Acredito que foi apenas uma impressão, uma leve falha de função cérebro, girei a maçaneta o que fez com que a engrenagens da porta estalassem, vi quem estava do outro lado, Sebastian trazia em sua mão um refrigerante e alguns copos, minha prima tinha um bolo e Lea trazia consigo uma bandeja de brigadeiros, eu sorri, adorava brigadeiros...
Curvei então minha cabeça mirando para o chão, a porta se manteve entre aberta, suficiente para que em coro cantassem um feliz aniversário, realmente foi o mais simples, porém o mais animado, e talvez quem sabe o melhor que alguém fez para mim afinal, nunca tive um aniversário muito agradável.
Colocamos todos os “quitutes”, sobre minha cama, Sebastian fazia questão de comer no chão, eu não retruquei sabia que isso era contra alguns princípios dele, os houl’s costumam inclusive dormir no chão, isso faz com que eles não se acostumem, com o conforto, mimos e mordomias, já que reduz a resistência tornando os homens fracos fisicamente, mesmo eu não concordando, éramos amigos, amigos se aceitam, amigos se entendem.
Ërika, e Lea tinham aqueles chapeis de festas infantis, o que trazia um clima de animação naquelas paredes em serias escritas em vermelho rubro, de meu quarto, a Erikä vez ou outra fitava Sebastian, o que fazia com que a suas pálpebras se apertassem quase se fechando por completo, percebi então certo ar de interesse, mas, quando ela sentiu que eu a olhava ficou meio que sem jeito, percebi por que a sua bochecha ficou rosada, tive a certeza que algo especial tocava no coração de minha priminha.
Depois de satisfeitos chegavam alguns presentes, inclusive o de alguns nobres que vieram em meus aposentos me trazendo presentes para a comemoração, mas, nenhum participou de fato da festa e nem aceitaram comer alguma coisa, isso não era ruim pra mim, considerando que a presença deles era um tanto quanto incomoda, eu resolvi abrir os presentes e pedi para que Sebastian, Erikä e Lea me ajudassem, foi o que fizeram, comecei abrindo uma caixa verde com um tom lodo embrulhada em uma fita dourada, de fato dava a entender que o presente tinha sido cuidadosamente escolhido, no cartão que estava sob a fita seguia uma mensagem: “Parabéns, Cordialmente Donatto Belchior.” Também junto à mensagem fora anexado um smilie, que assuava uma “língua de sogra”, com um chapéu de festa e confetes, ao abrir o presente, vi uma blusa social vermelha, cor de carmesim, com uma gravata branca, e um blazer negro com um tom gótico e um brilho muito especial, diferenciado de uma tintura negra comum.
Em seguida a Lea, pegou outra caixa que tinha a cor azul bebê, ela era encantadora, foi recoberta por um laço verde limão, Lea segurou-a um tempo, sobre a palma das mãos como se quisesse descobrir o conteúdo.
- Bem Philiphe, por que você mesmo não abre? - Disse Lea que colocou um sorriso no seu rosto,
- Tudo bem se quiser que eu abra? - Perguntei.
- Não, não a problemas Philiphe. - ela me respondeu.
Enquanto conversávamos, Sebastian recebia vários outros presentes, que agora não paravam de chegar, ele tomou cuidado em separar, Nobres e alunos comuns, em pilhas distintas que ao longo de toda manhã se amontoavam, sobre o chão de meu quarto.
Eu tomei o presente das mãos de Lea, meus olhos estavam irritados eu estava bem cansado, mas, não estava cego pelo sono que foi vencido ao longo de toda madrugada naquele ambiente sufocante, e ao abrir seu conteúdo vi um pequeno frasco cujo seu conteúdo era um líquido das mesmas cores da embalagem ao seu lado uma pulseira, essa deveria ser banhada a prata, nela havia um pingente em formato de crucifixo com um rubi negro detalhado, todo o conjunto devia ter um tamanho que chegava perto dos dois ou três centímetros.
Quando Lea me viu empunhar o presente ela sentia-se realizada, como se fosse algo que era muito importante e já esperado, eu senti seus olhos arderem de emoção, ela não me disse o que era, e fiquei desconfortado para perguntá-la por isso eu fechei a caixa e coloquei ao meu lado da cama.
Pouco a pouco abrimos cada caixa no final das contas recebi coisas inusitadas, roupas de marca ou coisa do tipo, de fato percebi que aquilo era uma critica direta quanto ao meu modo de vestir, não entendi como em tão pouco tempo eles tinham arranjado os presentes e nem como sabiam que era a data do meu aniversário cheguei a receber também livros, notações, uns apetrechos, dois ou três novos iphod’s de fato o meu não estava nas melhores condições, vi que Sebastian não estava mais conosco, teria saído sem ninguém perceber? Olhei sobre as pilhas de caixas amontoadas e não estava lá quando Lea observou o meu súbito fracasso por não achar o que eu procurava, ela sabia que buscava Sebastian, então me avisou que ele havia saído do quarto e que não fazia muito tempo, nós continuamos a abrir os meus presentes achamos coisas legais outras que eram insultos que estavam mais com cara de “presentes de gregos”, algum tempo após Sebastian retornou para o quarto, ele estava com roupas diferentes, por exemplo, ele usava uma bermuda samba-canção, uma blusa regata e sandálias, seu cabelo estava molhado, de fato não era a o que eu estava acostumado a ver ele, sem roupas de marca, mesmo sendo um Houl ele era acima de tudo um Houl em alto estilo, poderia correr longas distâncias com um terno abotoado e não se cansaria facilmente.
- Quem quer ir, a praia? - Perguntou Sebastian, eu mesmo não acreditei no que eu acabava de ouvir, era mesmo Sebastian?
Erikä e Lea se entre olharam puxando um breve sorrido de amigas bem típicas do colegial, acenaram a cabeça em sinal de aprovação a idéia, deram um pulo da cama, depois Lea foi até Erikä e a puxou fazendo a tropeçar sobre uma caixa deixada ao chão, ignorando o acontecido, foi então que Erikä teve um breve desapontamento.
- O que foi Erikä? – Perguntou Lea olhando atentamente para sua mais nova amiga.
- E-E..- ela gaguejou um pouco e continuou um tempo depois – Por... porquê eu não estava... Precavida para situações, como uma praia.
- Como não? A nossa escola fica a 18 KM, da praia, e você não estava preparada? “Affe!”, essas italianas... Bem venha em meu quarto, vou tentar lhe ajudar, então elas foram sem olhar para nós que apenas acompanhávamos a conversa, silenciosos.
Elas tinham praticamente o mesmo porte físico, o que facilitava ainda mais a relação de amizade que elas tinham.
- M’ Lord? Tem roupas? Se quiser eu poderei ir ao dormitório dos houl’s pegar algumas do Teddy emprestadas.
Claro que se ele me emprestasse às dele com certeza ficariam muito folgadas, mesmo ele não sendo tão musculoso, eu era o exemplo de pessoa acima da anorexia, brincadeira naquela época eu não cheguei a tanto... Ele devia ter uns 76 kg e eu uns 52, uma diferença bem notável. Depois de certo tempo percebi que desde que ele entrou no meu quarto estava com a sua mão direita fechada, e agora começo a perceber que o seu colar, sim, a o colar da linhagem que o Sebastian descende, não estava mais em seu pescoço, então resolvi indagá-lo.
- Sebastian, você tem alguma coisa, para mim?
- N-nã... Quer dizer eu tenho mais acho que você não aceitara um presente tão simples quanto o meu...
- Ah! Não me venha com essa eu lhe respondi, me de aqui... Vamos!
Ele olhou para a palma de sua mão que estava fechada, então eu insisti!
- Vamos, me de... A menos que você realmente não queira... - Acho que forcei um pouco nessa hora.
Então ele abriu sua mão, eu peguei e coloquei em meu pescoço.
- O que achou?... Sebastian?
Dei uma pausa durante a frase.
- Acho, bem... Obrigado, me disse ele.
- Não! Não, me agradeça, falei em um tom um pouco mais alto já que você obedece a ordens, daqui em diante, quero que diga aquilo que você pensa não, aquilo que me agrada e isso é uma ordem! E estou certo agora, serei um houl, um houl assim como você.
Seu rosto que mirava o chão, agora se erguia e olhava atentamente para o meu a sua alegria circulava e iluminava todo seu corpo, Sebastian estava mais radiante seus olhos cítricos, agora estavam em um tom cor de mel, profundo.
Saímos do meu quarto diretamente em direção ao corredor Houl, estávamos com tanta pressa que as pessoas que por ali circulavam, não, eram perceptíveis... Quando chegamos bem perto, pude sentir o cheiro de guerra saindo daqueles corredores iluminados por olhos tão radiantes como a luz do sol pela manhã.
Mais algo aconteceu... De um momento para o outro eu não conseguia me mover alguém me sinturava pelas costas, me virei então vi olhos vermelhos, não podia ser Well e também não era ele ou qualquer outro Jhotä que existisse naquela escola.
- Philiphe, explique-se... O que você ia fazer? Quer trair seu lado forte da família?
- Pa.. Pai? Indagando, continuei. – O que você está fazendo aqui pai?
- Bem pelo visto estou evitando que você faça a maior besteira da sua vida, e acho que andar com Ho..us’ não lhe tem feito bem, é mesmo assim filho eles são sempre magos traiçoeiros.
Fiquei em choque, o que dizer ou o que fazer... ?
- Hugo, Hugo... Hugo - Recitava uma voz, que saia atrás do meu pai.
- Clammary? - Disse meu pai, - Enquanto eu dizia num tom de sussurro: - “isso ai mãe”, meu pai pouco se importou.
- Hugo, meu caro marido és tu capaz de ser covarde contra a sua própria palavra, negando tudo o que acordastes? És covarde ao ponto de preferir honrarias, ao invés da glória?
- Tolice... Disse meu pai - E falou mais, - O garoto não sabe o que faz...- Disse ele olhando para mim, - Philhip! ... Você realmente quer fazer isso comigo? Não vê que os Jhötas são o melhor para você? É assim que trata seus irmãos. – Me indagava ele.
- Hugo, é assim que trata o vosso filho? – Defendeu-me minha mãe.
- Não se meta! - Meu pai então sacou uma pistola do bolso, não que eu entendesse de armas, mas, já havia visto algumas por ai para saber disso.
Minha mãe então lhe fitou, logo tirou a vista, seu rosto era alvo como a neve, seus olhos como chama de fogo, seus cabelos e roupas negras passavam uma imagem de sua dupla personalidade, mais uma doçura... Meu pai não tirava os olhos dela, ela pegou uma bolsa, tirando de dentro um batom, e um leque.
O batom tinha uma tarântula em sua ponta era pequena, porém, uma tarântula viva? – Não parei de pensar nisto.
Ela passou o batom na boca à tarântula se movimentou até os lábios de mamãe... Como se fosse para reconhecê-la, uma guardiã, - Para um batom? Pensei...
Ela abriu o Leque, que não tinha só 180º graus, deveria ter quase 320º o que quase dava a volta quase que completa em sua mão.
- Usando novamente o poder da barbaria? Isso não te traz a insanidade? – questionou meu pai.
- Largue-o, - ela começou a se abanar... - agora! Em tom de grito de desespero.
Ele abaixou a arma... Todos do colégio estavam muito tensos.
Smuttle estava lá mais não podia fazer nada, afinal... Em caso de ex-alunos, só a escola poderia responder, principalmente um dos melhores alunos, nesse caso melhores seriam definidos como “Perigosos”.
- Ultraje, Hugo... Eu achei que poderia aguentar mais pressão do que isso, pena, vejo que você ainda gosta de mim, - falou minha mãe num tom sedutor e irônico.
- N-Não... Nunca trairia os Jhötas.
Minha mãe passou por meu pai, logo após por mim, e foi até aquele garoto no canto, que ficou imóvel após o inicio de tudo aquilo.
- Minha mãe pegou em seus ombros, o abraçou, ele não esboçava reações meu pai deveria ter lhe dado uma ordem ou feito com que Sebastian entrasse num estado de inconsciência, minha mãe afagou seu pescoço lhe fazendo um cafuné.
Ele suspirou, acho que foi um alivio.
Minha mãe se virou olhando para meu pai, riu e beijou o Sebastian.
- É isso que quer ensinar ao Philiphe? – Resmungou ele.
- Ciúmes, Sr. Hugo? – Ela riu, um fraco se mostra tu.
Bem pouco me importa, - ela ainda estava abraçada com o Sebastian, lhe beijou novamente e disse: “– Obrigado!”.
- Hãn? Sibilou Sebastian um pouco assustado, foi pego desprevenido... Mas espera ai, - Era a minha mãe? - Eu pensei.
Ela se virou para mim e sorriu, - lendo meus pensamentos? Ela praticamente riu.. E então saiu, passou por Hugo, por mim novamente e pegou a entrada do corredor que a faria ir embora.
- Não dessa vez, - Disse meu pai soltando-me e correndo para alcançar minha mãe que agora já não mais se conseguia ver, - foi tão rápido assim que ela desapareceu no corredor? – Pensei.
Eu estava pronto, todos olhavam pra mim meus pais já não estavam ali e eles também não tinham outra pessoa para qual apontar.
- Sebastian, eu estou pronto. – Lhe falei.
- Então por aqui, Philiphe.
Pela primeira vez, ele não me chamava de senhor.
De repente eu ouvi uma voz dentro de minha cabeça, parecia com a de uma mulher, minha mãe? Não, não era mais intensa, mais forte, e roca, mas, mesmo assim a de uma mulher... – Eu quero você pequenino... Eu ouvi um guiso de cobra, me arrepiei dos pés a cabeça.
Sebastian me oferecia à mão, o lado Houl estava logo ali, eu lhe dei um abraço e fomos até lá.
Em fim um Houl, um Bell Houl.
Capitulo IV - Os híbridos
- Spoiler:
Enquanto isso no continente das Pérolas de Marfim..
A chuva descia sobre a terra, acalentando o pasto e toda erva do campo.
Ainda não havia se iniciado o período escolar no Ëbon do continente das Pérolas de Marfim, já que aqui os estudantes não estudam durante o verão, são na sua maioria vampiros e o possível contato com o sol ajuda a ressecar sua pele, porém o inverno agora se iniciava, e em poucos momentos, logo após o pronunciamento do diretor, as aulas dar-se-iam inicio.
– Eu, Millo diBargon, proclamado Arque-Rei dos vampiros e também diretor no setor do Instituto Ëbon do continente das Pérolas de Marfim, tenho com imensa honra de abrir a nova temporada de estudos de inverno para os seiscentos e noventa e quatro novos alunos, e para os sete já antigos, só lhes desejo boas aulas, e que sobrevivam! – ouve uma pausa entre essas palavras, o diretor quis soltar um riso devido à cara de espanto dos novos híbridos, o que deveriam estar pensando? Logo continuou. – Vocês já devem ter notado que não há alojamentos para novos alunos, por isso vocês devem se virar, também não há refeições matinais ou almoço então que não conseguir se alimentar durante a manhã e a tarde sofrerá dores até que a noite chegue, também há uma quantia limitada de comida, nada será servido em excesso, quem não conseguir comida... Não vai jantar. Agora conheçam os seus instrutores, e os sigam para suas salas de aula.
Em meio à multidão dos híbridos, havia três monitores, e cada um selecionavam as pessoas que queriam para seu lado, e levavam para sua fila, no fim todos organizados seguiram para suas salas.
Sala 1- 1º Andar.
- Olá, novos híbridos meu nome é Vanessa, sou uma Serpentáriana, me sinto lisonjeada de ver que tantos alunos tenham conseguido se matricular nesse ano, vejo muitos alunos fortes, não é mesmo? Duzentas e trinta e uma pessoas por sala, duvido que oitenta por cento, siga para o segundo andar, então um conselho de uma víbora, quem quiser morrer fique, saibam seus corpos vão servir para alimentar-nos por muito tempo. – sua calda se movia, nervosamente dentro da sala, o guiso do seu rabo agora, chegava a incomodar, os alunos fizeram desdém. – Então vejo que ninguém tem medo da morte! Ótimo! Odeio comer quem fede a medo.
- Nossas aulas vão ser ao ar livre? – perguntou um menino estava em um canto escuro da sala.
- Quem ousa interromper o silêncio? – Questionou a professora.
- Fui eu, falão as línguas que as cobras têm uma visão muito má formada. – Respondeu-lhe o menino.
- Isso é por que aqui não viram minha língua... E você o que acha? Aproxime-se – Pediu a professora.
Ele se aproximou em direção a sua instrutora, suas pernas agora se tornavam escamosas, sua escama era banca e no centro de sua calda havia uma marca em vermelho que seguia até sua coluna, a parte do tórax era de um dourado especial.
- Um serpentário real? Vai me assustar garoto? Sepentários reais são enviados ao terceiro andar! Tentando me enganar real-falsário?
- Não lhe devo satisfações. – Disse-lhe o menino.
- Ameaças? – A instrutora recuou, então o menino lhe deu as costas ela avançou quando enrolou sua calda sobre o corpo do garoto, ela se transformou totalmente em cobra abriu a mandíbula e o engoliu.
Todos da sala ficaram chocados, o silencio era mortal.
- Creio que agora vocês entenderam o modo como quero que se portem na sala de aula – falou a professora que agora se compunha novamente com roupas justas, e com cabelo organizado assim como uma professora comum, sua voz hora era serpente, hora humana, mas se entendia o sibilar de sua boca, virando-se ela viu o menino sentado em cima de seu birô.
- Não perdoa nem mesmo os da sua espécie! Ultraje! Bem, percebi que você é um pouco esquentada. – disse o menino
- Troca de pele? Assim tão rapidamente, e eu não fui capaz de ver, uma habilidade de cobras reais. – pensou a professora.
- Agora com sua licença eu vou retornar a minha banca.
A professora foi desmoralizada não sabia o que dizer, por que ele não foi enviado ao terceiro andar como qualquer outro serpentário real?
Vanessa explicou qualquer outro assunto, fingindo que nada havia acontecido, e os alunos evitaram qualquer tipo de comentários sobre o assunto.
Enquanto que na Sala 2 – 1º Andar...
- Alunos! – risos do professor – como eu já ia dizendo alunos! – risos insistentes.
A sala começou a estranhar o comportamento paranormal daquele instrutor.
- Me perdoem prometo que ocorrerá novamente - ele se encostou ao seu birro e logo se apresentou - Eu sou seu professor de filosofia, me chamem de Gïrmen, entendam que nessa matéria, vocês podem se perder, e creio que 20% de vocês no mínimo reprovem, e que 66% morram ou sejam mutilados, e assim impossibilitados de continuar estudando, isso em suma geral, compreendam nosso método de avaliação. – ele pausou mexeu em alguns papeis e leu em voz alta. – Ocorre uma prova que divide vocês em psique e em destreza física, essa prova ocorre em qualquer dia avulso sem avisos prévios, quem não participar é reprovado, quem morrer é reprovado, quem tiver alguma mutilação séria será reprovado, quem não chegar até o fim da prova até o tempo determinado é reprovado, quem ficar no meio do caminho irá morrer, caso os alunos não desejem continuar os estudos com o instituto de formação Ëbon, eles tem quatorze dias para desistirem, após esse prazo quem desistir, será entregue as quimeras, fugitivos serão o jantar dos demais alunos, os mesmos se não comerem o fugitivo, ficaram quatorze dias forçados a um jejum noturno, ah! Eu já ia me esquecendo, alguma dúvida?
Enquanto que na Sala 3 – 1º Andar...
- Bem vindos à terceira sala do colégio! – Eu sou Ivan, professor de teologia e história do colégio, e um dos poucos professores que tem acesso até o sexto andar, a propósito, eu vou lhes ensinar algumas coisas, que vocês vão entender sobre o colégio, primeiro! – ele colocou as mãos para trás. – as três formas de você morrem, aqui no colégio são... Por provas e exames, por membros da escola alunos e professores, e por seres não catalogados, bem como sabem temos a prova da torre que já e realizada desde que o instituto foi fundado, para quem não sabe... Os alunos irão para a Ilha Laminada, e tem de sobreviver durante 14 dias, por fim, terão 16 dias para obter uma chave que abra uma entrada na torre, cada chave só da direito a uma pessoa de passar para dentro da torre, quem consegue e se mantém vivo, tem direito de estudar nas salas do segundo andar.
- Isso quer dizer que os alunos, podem se matar? – perguntou um menino que estava sentando no centro da sala.
- Hmm... Não a normas que proíbam isso, creio que vamos estudar que “o poder é tomado à força”, nesses casos, ter amigos, não quer dizer que facilita sua vida, o perigo da Ilha, não está só nos alunos... Acredite tem coisas piores para se preocupar. A ilha esta lotada de manifestações do submundo, e fica mais fácil se vocês perderem a noção de direção, a ilha não é tão grande, porém é muito fácil se iludir, o sol, o veneno dos animais e dos sobre-animais. – Ele foi interrompido.
- Sobre-animais? Você quer dizer “monstros”, certo? – perguntou-lhe um garoto.
- Se você interpreta assim, eu apenas quis amenizar a situação, bem... não vou me prolongar já vocês tem um curto intervalo, e os alunos das outras salas, já devem estar procurando um abrigo aos arredores do colégio, então... Vocês estão liberados da minha aula hoje. – todos saíram da sala, só ficou uma garotinha, ela tinha cabelos vermelhos como o por do sol, seu cabelo foi amarado por um coque preso com dois traces de madeira, usava um vestido simples branquíssimo muito mais do que alvo, tinha um negro intenso nos seus olhos, usava uma sandália feita de algum material muito nobre, não simples... Dava a entender que foram feitas de cobre e mármore, mas ela não conseguiria andar tão singelamente para uma menina, uma verdadeira princesa, que chegou a encantar os olhos de Ivan, ela dava passadas que quem visse entenderia que ela estava flutuando sobre o chão.
- Ol.. á, - disse o professor um tanto que num tom angustiado.. – mas por que estar assim, ela era só uma aluna comum.
- Não professor, eu não sou uma aluna comum – lhe disse a garota.
- O que disse mocinha? – Ivan fez uma cara intrigada.
- Sim, foi isso mesmo que você ouviu, eu não sou uma aluna comum como você pensou... – ele fez uma breve insinuação com os olhos e então ela disse – sim, uma telepata é o que eu sou.
- Não, tente entrar na minha cabeça outra vez, moçinha.. – a propósito, telepata? Mas de que raça ela é? Se for uma simples humana terei de pedir transferência dela para a escola no continente das Alchallicias, antes que descubram, afinal podem tentar fazer coisas horríveis com ela. – pensou o professor.
- Não se preocupe professor, eu sou uma vampira de oito graduações... Não tenho quase nenhuma mistura sanguínea com a raça humana.
- Eu lhe adverti quanto entrar na minha cabeça, não? – Eu queria estar furioso, mas não adianta o que eu pensar ela vai ler...
- Tem algum lugar para ficar? – Perguntou Ivan.
- Não, claro que não, mais logo acharei um ninho, que vai querer me adotar, ou um tutor que me instrua... E facilmente acharei um lugar para me encaixar, quando se esta sozinha procurando um lugar para se ficar minhas chances diminui certo? – ela sorriu de sua inteligência, baixou sua vista, Ivan pulou o palanque da sala em sua direção, tocou em seu queixo, e então o ergueu.
- Então se oferecendo para que eu seja o seu tutor? – Indagou o professor.
- Bem, não exatamente... Mas, eu agradeço por tentar se oferecer. – Ela riu e então saiu da sala.
Toda manhã se manteve tranquila, não houve se quer alguma briga entre os alunos, ninhos de vampiros de mesma família se agruparam e acharam abrigo numas florestas próximas.
Eram conhecidos alguns clãs por sua força e destreza, o líder se era escolhido quando a sua idade, o mais velho sempre é o mais forte.
A noite estivera chegando e em fim, o jantar... As florestas já não alimentavam mais como antes, afinal já haviam se passado muitos anos, e muitos alunos já deviam ter acabado com a população de animais vivos, restando milhares de pinheiros, por ser uma região fria.
A prioridade era dos alunos dos maiores andares, no fim depois de que eles se servissem os dos andares inferiores, podiam se alimentar.
Lá estavam, Cäsar diFoun e Soud Prast alunos do sexto andar, seguidos por Fellix do quinto andar, Valquiria Won e Senna diFoun do quarto andar, Lorena Ownto e Bacellart Vasviern do terceiro, e logo após os alunos do primeiro andar, no ano anterior houve total eliminação, e nenhum aluno do colégio subiu de andar.
No final da noite, trezentas e nove pessoas ficaram sem jantar, não havia sobrado nada, houve algumas conversações perto da fogueira no pátio do colégio, e depois os bandos formados foram para seus acampamentos, e os que não conseguiram entrar num ninho adormeceram perto da fogueira, foi uma noite limpa e sem ventanias, nenhuma adversidade da natureza, todos estavam a salvo por enquanto.
Espero que gostem, não é tudo, mas acho que já da pra dar um gostinho.
Nesse tópico foi postado com consentimento do autor (Victor Henrique L. de Lima) que tem registro da criação deste mesmo livro cujo é intitulado "Instituto Ëbon" um total de 4 capítulos, semi-organizados.
Sabe-se que essa obra compõe 12 capítulos, dentre os quais não contam as notas do autor, e trechos por ele adicionado, para a versão impressa desse material, sabe-se que se reserva o mesmo direito da continuação desta saga para o próprio autor Victor Henrique L. de Lima.
Caso continuem querendo ler, da uma passadinha no blog do Ëbon.
http://victorhautor.blogspot.com/
Última edição por MozeLord em Sáb Jul 02, 2011 10:57 pm, editado 1 vez(es)
Re: Instituto Ëbon
Eu gostei muito mano!
Vou continuar lendo.
Só por curiosidade, como conseguiu postar a história aqui?
Tentei postar a minha, mas saiu toda estranha.
Vou continuar lendo.
Só por curiosidade, como conseguiu postar a história aqui?
Tentei postar a minha, mas saiu toda estranha.
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Re: Instituto Ëbon
Não sei, só sei que foi assim!
- João Grilo - Alto da Compadecida.
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Obrigado ! Sério, mas se quiser continuar lendo me adiciona no msn: moonday@hotmail.com.br, não sei bem se pode colocar o msn, mas coloquei ai, qualquer coisa remove.
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