Conto:

Não sobraram fragmentos históricos suficientes para remontar com precisão o conto que lhes ei de relatar. Hoje, distante da era dos deuses, seres primordiais, ministros de atos extraordinários no teatro da criação, e maravilhosos na arte de codificar seus feitos para surpreender com perspicácia, vive-se na Era de Fierum, que dizem ser um palavra antiga para descrever "Inacabados", outra tradução diz ser "Imperfeitos", mas este mérito não pertence a este conto.

As criaturas viventes dificilmente convivem em harmônia. Sempre a beira do abismo, um empurrão poderia guiar nações para o campo de batalha, a guerra é sempre lucrativa para um dos lados, mas nunca para o que perde. Estabeleceu-se paz através da guerra, sangue e suor de bravos guerreiros, peritos na arte do extermínio, máquinas treinadas para o combate, e a paz já dura trinta e quatro anos ininterruptos sob a guarda do reino de Ravinna, governado por Yavan, o bom, que não deixou herdeiros em sua passagem no trono, e já demonstra os primeiros sinais ingratos de sua velhice. Alguns nobres da corte já começam a se preparar para possível perda do rei, preocupados com o direito de sucessão.

Neste cenário de incertezas, Yavan proclama um decreto real que diz, em seu conteúdo, que o próximo Rei de Direito ao Trono de Ravinna deverá atingir o direito de sucessão por mérito, e deve prometer honrar os tratados de paz com os povos aliados, com isso, aventureiros de todos os lugares de Fierum poderão tentar ocupar o assento real, desde que mereçam.

Yavan Ravinnar escreveu:"O trono me suporta? Ou eu suporto o trono?"