Aquela trilha parecia infinita. Eu olhava o horizonte e mal conseguia olhar seu fim. Então fui andando. Passou minutos... Horas... Dias... Eu ainda estava caminhando e não conseguia ver o fim da trilha. Eu não sentia sede, fome... Nada disso. Me sentia igual eu estava no início da caminhada, bem. Eu já nem acreditava mais que ia terminar aquilo. Foi quando, em uma parada minha para olhar ao meu redor, vi um gato no meio das flores da árvore. Ele perguntou há mim:

- Você sabe aonde você quer ir?

     Olhei para ele, pensei um pouco no que responder a um gato e então eu respondi da melhor forma:

- Sim... Eu queria chegar no fim da trilha. Você sabe como?

     Tive a impressão que ele ficou paralisado, mas depois de uns minutos olhou fundo aos meus olhos, contorceu seu corpo e disse:

- Você quer chegar apenas no final da trilha... Isso é fácil. A questão é: Como você chega lá e porque merece isso. – Ele pareceu estar tirando sarro de mim ao meu ver. Só depois percebi que ele falou sério. Foi ai que então o respondi:

- Eu mereço porque estou caminhando a horas!

     Ele rapidamente me respondeu:

- É mesmo? Vamos ver. Você sabe que não vai chegar lá sem me ouvir, não sabe?

     Fiquei em dúvida mas respondi mesmo assim:

- Tudo bem. O que devo fazer?

     Ele pegou um livro que levitava. Ele se abriu sozinho e abriu em uma página. Um óculos apareceu nos olhos do gato que disse:

- Após 30 passos, você verá duas estradas. Você deverá escolher uma delas. A que você escolher será um desafio há sua altura. Mas eu te aviso: Se você demorar 3 dias para escolher, ficará presa aqui para sempre. Lembre-se de meus conselhos: Nunca aceite nada de estranhos, não pegue o que não te pertence e não use atalhos.

     Agradeci e continuei andando. Marquei 30 passos. Finalmente vi as duas entradas, mas fiquei indecisa. Fiquei tão indecisa que já haviam se passado 2 dias. Tive que tomar a decisão rapidamente. Bom, como eu sou destra, escolhi o lado direito. Andando nele, encontrei uma senhora. Agora eu já ficara com fome não sei porque. Ela me perguntou:

- Menina! Você deve estar com fome... Tome um pedaço de pão; coma, você precisa.

     Lembrei do primeiro conselho do gato e recusei. Depois que olhei o pão e o abri, vi que tinha veneno. Assim continuei andando. Tinha um imenso arbusto em meu caminho e uma espada ao meu lado. Pensei em pegar a espada para cortar o arbusto mas me lembrei do conselho do gato. Esperei ali por duas horas até que um moço chegou, olhou para mim e disse:

- Você é a primeira viajante que não pega a minha espada sem permissão. Vou cortar o arbusto para você porque tu foste honesta. Se você tivesse pegado sem permissão, estaria morta como os outros.

     Então eu passei. Andando mais um pouco, eu vi dois caminhos. Em um tinha uma placa de atalho. Decidi seguir pela estrada normal. Depois, cheguei no fim da estrada e já tinha voltado. Mais tarde, descobri que no atalho haviam um grupo de bandidos assaltando direto. Eram eles que deixavam aquela placa.