Eis o meu mais novo roteiro. Digo, eu já montei essa introdução à semanas atrás, porém está como meu último trabalho. Eu pretendo sim continuar a história.
- Spoiler:
- Cascos de cavalo batiam com força na estrada barrenta, diante de uma forte e insolente chuva que caía sobre Eloria...
Os três cavaleiros carregavam uma carta, uma carta escrita pelo rei da capital. Galopavam pelas terras frias e sombrias de Dooncar, a cidade para qual estavam indo. Cruzaram uma velha ponte de madeira sobre um grande rio, e então estavam na área do castelo de Dooncar. O imenso castelo se concentrava no centro da cidade, com uma grande porta de madeira em sua entrada. Algumas das humildes casas de madeira da cidade estavam quase que completamente destruídas, por culpa de uma invasão que ocorrera na cidade a pouco tempo. Os cavaleiros galoparam para perto da entrada do castelo.
- O que desejam aqui, cavaleiros? – perguntou o guarda que estava em frente á entrada. O cavaleiro que estava na frente sorriu, e balançou seu longo cabelo loiro molhado de suor e água da chuva.
- Somos cavaleiros de Trius Ahur, e fomos enviados para entregar uma carta ao seu rei.
- Vindos da capital da Grande Eloria? Isso é raro aqui. Mostre-me a carta, preciso ter certeza de que são de lá.
- Acho que não preciso fazer isto, guarda – disse o cavaleiro loiro empunhando sua espada. – Você deve saber quais são as armaduras que os soldados de Trius Ahur usam.
Logo após dizer isso, colocou sua mão em seu peitoral, no lugar com uma pequena águia no meio.
- Eu não me recordo deste símbolo – disse o guarda.
- Quero que saiba o meu nome, soldado. Eu me chamo Aagon Ertus, e você irá se lembrar dele! – gritou Aagon fazendo um corte na barriga do guarda desprotegido, e também quase caindo do cavalo. – Abra logo está porta!
- Tudo bem! – disse o homem desesperado, com uma das mãos sobre o ferimento. Abriu a fechadura com uma chave e então, com dificuldade, puxou a grande porta para fora. Os cavaleiros desceram de seus cavalos, e os prenderam na cerca de uma casa, enquanto o guarda ferido ficava de olho neles. Entraram no castelo, e um grande corredor levava até á algumas escadarias e a sala do rei, que ficava logo no primeiro andar. O corredor era enfeitado com belas pinturas e armaduras presas na parede. Duas portas se encontravam no lado esquerdo e direito do corredor. Eles prosseguiram diante do grande tapete vermelho, e então chegaram num trono com duas escadas de seus dois lados. Mas sentado no trono, não estava o velho rei de Dooncar. Um homem usando um grande manto negro estava em seu lugar. Em sua mão esquerda ele empunhava um cajado, que em sua ponta ele possuía uma curva com um zero cortado, e dentro deste zero estava uma parte de alguma pedra. O homem se levantou, e rapidamente seu manto se cobriu de sombra.
- Olá, cavaleiros. Eu sabia que vocês viriam.
- O que você fez a Erus Triar, mago? – gritou o cavaleiro careca que estava ao lado esquerdo de Aagon, correndo na direção do homem. Rapidamente Aagon bloqueou sua passagem, antes que ele tocasse no mago.
- Warton, ele não é um mago qualquer. Ele está procurando a Pedra do Trovão – disse Aagon, enquanto empurrava seu companheiro para trás novamente, olhando para o cajado do homem.
- Warton... E os outros cavaleiros, como se chamam? – perguntou o mago. Rapidamente, o cavaleiro da direita deu alguns passos a frente.
- Meu nome é Lanos Quar, e o que está ao meu lado se chama Aagon Ertus. E você é o Mago das Sombras, certo?
- Sim Lanos – disse o mago enquanto se aproximava dele. – Eu sou o Mago das Sombras. Agora quero que me digam, onde está a outra metade da Pedra do Trovão?
- Você espera que vamos te dizer? – gritou Warton, empunhando sua longa espada.
Rapidamente o mago olhou para Warton e apontou seu cajado, e uma imensa sombra saiu na direção do cavaleiro. Ela a rodeou, e então o levou para o alto, o espremendo. O corpo de Warton caiu ao lado do mago, totalmente ensangüentado.
- O que você fez com ele?! – gritou Aagon, correndo até o corpo de Warton. – Desgraçado! Você o matou!
- Não tenho tempo a perder, cavaleiros. Preciso procurar a outra metade. Irei destruir tudo em meu caminho, até eu encontrar. Digam ao seu rei que o Mago das Sombras esteve presente no lugar de Erus – disse o mago se desaparecendo nas sombras.
- Lanos, pegue a carta – disse Aagon, caminhando para perto de Lanos.
- Sim – respondeu o cavaleiro, enquanto retirava sua luva de couro. Abaixo dela estava a carta, um pouco molhada. Ele a pegou e a abriu, e então disse, lendo-a:
- O Mago das Sombras voltou. Prepare suas tropas, e esconda a sua metade da Pedra do Trovão. É isso o que está escrito. Nosso rei já sabia... – disse Lanos que caminhava junto a Aagon para a cerca da casa que prenderam os cavalos.
- Temos que avisar ao nosso rei imediatamente – disse Aagon, enquanto desprendia seu cavalo e o de Lanos da cerca.
- E quanto a mim? – perguntou o guarda que protegia a porta. – Eu sei o que aconteceu com meu rei, e sei onde ele está...
- Ele não morreu? – perguntou Lanos, subindo em seu cavalo.
- Não, ele está vivo. O mago o levou para as Cavernas do Gelo, na distante Avangar, a terra do gelo. Ele sabe com quem está a outra metade.
- Apesar de ser um covarde, você vem conosco – disse Aagon, subindo em seu cavalo. O guarda subiu no cavalo de Warton, e disse:
- Vamos direto para Avangar. Não podemos perder tempo.
Aagon observou a barriga do guarda. Ela estava totalmente curada.
- Quem é você? – perguntou para o guarda.
- Eu sou Yar Liron. Eu sei técnicas básicas de cura, que pode curar pequenos ferimentos, como aquele corte que você me fez.
- Você é um covarde, mas também é uma ótima utilidade. Vamos! – gritou Aagon galopando para fora da cidade. Yar e Lanos o seguiram, adiante daquela insolente chuva.