E eu achando que meu dia não podia piorar. Faz algum tempo desde que este inoportuno fato, aconteceu comigo, consigo me lembrar da dor, da agonia subindo a cabeça, do gosto do sangue e até mesmo daquela cor vermelha paralisante.
Era uma noite fria de inverno, estava andando segurando uma sacola com remédios por uma das ruas do centro de Los Angeles, nunca me preocupei em conhecer a cidade depois de ter me mudado a meses atrás, meu pai tinha encontrado um emprego de repórter então eu e meus irmãos tivemos que vir morar neste almanaque de pessoas rudes. Minha mãe me obrigara a sair de casa com um casaco coberto por pele de urso, no qual ela gastara a reserva de dinheiro toda para comprá-lo para mim, e era de uso público da família, minha irmã mais nova, Karen, tinha adoecido repentinamente, meu tio por ser médico soube o que fazer e me mandou sair para comprar o remédio apesar de informar que ela iria ficar bem.
Estava no lado norte da cidade, chegando próximo a um hidrante quando alguém encapuzado por um manto negro chegou metros a minha frente e estendeu a mão direita como se esperasse que eu lhe entregasse algo, parei sem reação, estudando-o dos pés a cabeça, até ter a visão do que quase fez meu coração saltar do peito. Ele segurava uma pistola, em todos os anos da minha vida nunca procurara saber sobre armas, sequer joguei jogos de tiros em consoles, mas sabia que se aquilo me acertasse provavelmente morreria, não duvidava que seria por medo.
Engoli em seco e levei as mãos à cabeça, teria visto isso na maioria dos filmes, ele somente me roubaria e iria embora, mas o indivíduo ficou ali, aguardando, até que notei um detalhe, ele estava rindo de mim, dando gargalhadas altas, a agonia já subia a cabeça, minhas pernas estavam bambas, e ele estava ali se divertindo como se fosse um show de comédia.
Dei passos a frente até chegar próximo a ele com ódio no rosto e ele parou, deixando um ar de terror no ambiente me fazendo sentir arrependido de ter nascido, o encapuzado levantou o braço esquerdo que segurava a arma e tocou a arma em minha testa. Não me segurei, minha perna se movimentou sozinha e mais rápida do que eu imaginava que poderia reagir, quando me dei conta do que fazia, teria aplicado um chute no homem que estava caído um metro a minha frente, com a palma da mão aberta empurrando o chão, se preparando para levantar.
Agora sabia o que fazer, minhas pernas estavam firmes como uma montanha e sentia que minha perna estava disposta a correr sozinha, desabei a correr para o sul, desviando da neve que aparentava aparecer somente para tentar me fazer parar, estava prestes a virar a esquina quando um barulho ensurdecedor veio de trás, senti minha pele formigar, meu corpo parou, não conseguia se mexer, minha perna esquerda estava flexionada para frente quando caí ao chão, paralisado, a última visão que tive foi de sangue caindo pouco a pouco aos meus olhos.
Tentei de tudo com todas as minhas forças, gritar por ajuda, até que estava esquecendo, de palavras que conhecia, esquecendo de algo importante, de pessoas importantes, em uma velocidade absurda esquecia até de quem eu era, a última palavra que tive tempo de exclamar antes de ter posse da minha voz e movimentos foi: "Esperança".
@Off
Avaliem minha história, sou roteirista à alguns anos e ando procurando me aperfeiçoar nesta área, citem os pontos ruins e bons desta narração, o que posso melhorar. Escrevi no Word 2007 e espero que não tenham erros de português . Agradeço desde já por ter lido.
Era uma noite fria de inverno, estava andando segurando uma sacola com remédios por uma das ruas do centro de Los Angeles, nunca me preocupei em conhecer a cidade depois de ter me mudado a meses atrás, meu pai tinha encontrado um emprego de repórter então eu e meus irmãos tivemos que vir morar neste almanaque de pessoas rudes. Minha mãe me obrigara a sair de casa com um casaco coberto por pele de urso, no qual ela gastara a reserva de dinheiro toda para comprá-lo para mim, e era de uso público da família, minha irmã mais nova, Karen, tinha adoecido repentinamente, meu tio por ser médico soube o que fazer e me mandou sair para comprar o remédio apesar de informar que ela iria ficar bem.
Estava no lado norte da cidade, chegando próximo a um hidrante quando alguém encapuzado por um manto negro chegou metros a minha frente e estendeu a mão direita como se esperasse que eu lhe entregasse algo, parei sem reação, estudando-o dos pés a cabeça, até ter a visão do que quase fez meu coração saltar do peito. Ele segurava uma pistola, em todos os anos da minha vida nunca procurara saber sobre armas, sequer joguei jogos de tiros em consoles, mas sabia que se aquilo me acertasse provavelmente morreria, não duvidava que seria por medo.
Engoli em seco e levei as mãos à cabeça, teria visto isso na maioria dos filmes, ele somente me roubaria e iria embora, mas o indivíduo ficou ali, aguardando, até que notei um detalhe, ele estava rindo de mim, dando gargalhadas altas, a agonia já subia a cabeça, minhas pernas estavam bambas, e ele estava ali se divertindo como se fosse um show de comédia.
Dei passos a frente até chegar próximo a ele com ódio no rosto e ele parou, deixando um ar de terror no ambiente me fazendo sentir arrependido de ter nascido, o encapuzado levantou o braço esquerdo que segurava a arma e tocou a arma em minha testa. Não me segurei, minha perna se movimentou sozinha e mais rápida do que eu imaginava que poderia reagir, quando me dei conta do que fazia, teria aplicado um chute no homem que estava caído um metro a minha frente, com a palma da mão aberta empurrando o chão, se preparando para levantar.
Agora sabia o que fazer, minhas pernas estavam firmes como uma montanha e sentia que minha perna estava disposta a correr sozinha, desabei a correr para o sul, desviando da neve que aparentava aparecer somente para tentar me fazer parar, estava prestes a virar a esquina quando um barulho ensurdecedor veio de trás, senti minha pele formigar, meu corpo parou, não conseguia se mexer, minha perna esquerda estava flexionada para frente quando caí ao chão, paralisado, a última visão que tive foi de sangue caindo pouco a pouco aos meus olhos.
Tentei de tudo com todas as minhas forças, gritar por ajuda, até que estava esquecendo, de palavras que conhecia, esquecendo de algo importante, de pessoas importantes, em uma velocidade absurda esquecia até de quem eu era, a última palavra que tive tempo de exclamar antes de ter posse da minha voz e movimentos foi: "Esperança".
@Off
Avaliem minha história, sou roteirista à alguns anos e ando procurando me aperfeiçoar nesta área, citem os pontos ruins e bons desta narração, o que posso melhorar. Escrevi no Word 2007 e espero que não tenham erros de português . Agradeço desde já por ter lido.